Redução da jornada: Grupo 9 diz não
Os patrões do Grupo 9 (máquinas e eletroeletrônicos) só conversam sobre redução de jornada numa negociação tripartite, ou seja, que envolva também o governo, além de trabalhadores e empresários.
Foi essa a primeira resposta a uma das mais importantes reivindicações da campanha salarial, na segunda rodada de negociação com o G-9, que aconteceu ontem.
Para o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT), Adi dos Santos Lima, há todo o interesse em fazer o debate sobre a redução com os empresários e com o governo. “Mas vejo que com essa resposta, os patrões tentam se eximir de uma responsabilidade”, critica.
Hora-extra
Para ele, a discussão sobre jornada tem de avançar ainda mais, incluindo também o controle de horas extras. “É ela que inibe as contratações e prejudica a qualidade de vida no trabalho. É preciso acabar com as longas jornadas”, acrescentou.
Além da jornada, a FEM e o Grupo 9 prosseguiram no debate sobre as novas cláusulas sociais. Como na negociação anterior, a conversa de ontem não foi conclusiva e o grupo promete uma resposta dia 12 de agosto.
“Eles (os patrões) também quiseram entrar na questão econômica. Quem sabe na próxima reunião já tenhamos um índice de reajuste”, disse Adi.
Silêncio
Até ontem, os grupos 5 (auto-peças), 10 (lâmpadas e metais) e fundição não haviam se manifestado.