Reforço, terceira dose ou revacinação
O tema acima solicita alguns esclarecimentos, a fim de não causar confusão conceitual ou aumentar as dúvidas sobre a questão. Resumidamente, podemos dizer que terceira dose refere-se a uma sequência de doses do mesmo tipo de vacina. Já no reforço, a composição do imunizante contra a Covid-19 não deve ser a mesma.
O imunizante utilizado é uma atualização feita a partir das novas variantes em circulação do SARS-CoV-2. Podemos citar como exemplo a vacinação da gripe que, a cada ano, incorpora elementos que buscam proteger as pessoas das mutações do vírus. Assim, dose de reforço não é terceira dose.
Pesquisadores e profissionais de saúde acreditam que a Covid-19 se tornará endêmica, e as pessoas precisarão ser vacinadas anualmente.
No momento, porém, a introdução de uma segunda geração de vacina, com as atualizações de novas cepas do vírus, e que promete uma durabilidade maior que as atuais vacinas, só deve acontecer depois que todas as pessoas forem imunizadas. Por enquanto, somente 20% a 30% da população mundial foi vacinada, número relativamente pequeno para desencadear campanhas de revacinação. Ainda é muito cedo para isso.
Precisamos ficar atentos quanto a novas variantes, que podem promover aumento do número de casos e, por decorrência aumento do número de mortes. Há que se considerar que as novas variantes do coronavírus podem acometer pessoas mais jovens, aumentando a transmissibilidade da doença.
Paralelamente, como se não bastassem os sofrimentos causados pela pandemia, o governo federal busca retirar ainda mais direitos dos trabalhadores e enfraquecer o SUS, além de querer reforçar a ideia que a privatização do nosso Sistema Único de Saúde seria o melhor a fazer.
Não ao desmanche do SUS.
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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente