Reforma da Previdência: Ato em protesto reúne 40 mil

O ato convocado por servidores públicos contra a reforma da Previdência ontem em Brasília reuniu 40 mil pessoas segundo a organização do evento. Os protestos se dirigiram principalmente contra a taxação de servidores inativos (11% sobre aposentadorias maiores que R$ 1.058,00), o aumento do tempo de serviço para um funcionário se aposentar e a criação de um teto de R$ 2.400,00.

A “Marcha contra a Reforma” foi o primeiro grande ato contra o governo em Brasília. Entre as principais entidades que participaram estão a CUT, Sindicato dos Servidores da Previdência, Central Geral dos Trabalhadores, Confederação Nacional de Trabalhadores da Educação e PSTU.

Sem acordo – Uma profunda divisão separa os organizadores. De um lado, liderados pela CUT, estão os que aceitam dialogar com o governo. Eles entendem que a sociedade e, principalmente, os trabalhadores na iniciativa privada aprovam as mudanças. Por isso, o melhor que pode ser feito é tentar negociar os pontos que mais desagradam os servidores. Do outro lado estão os que simplesmente rejeitam a reforma.

Por isso o presidente da CUT, Luiz Marinho, e diretores da central foram vaiados ao chegar à manifestação. Eles foram considerados aliados do presidente Lula. Já a senadora Heloísa Helena (PT-AL) – que afirmou que a reforma é imposta pelos “gigolôs do FMI” – e o deputado João Batista Araújo, o Babá (PT-PA) – que disse que só uma greve geral no País impedirá a reforma – foram aplaudidos.