Reforma da Previdência é polêmica na Comissão Especial da Câmara

(Foto: Leonardo Prado/Câmara dos deputados)

A reforma da Previdência proposta pelo governo Temer não tem concordância nem entre os membros da Comissão Especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição, a PEC 287, na Câmara.

A Comissão foi instalada no dia 9 de fevereiro com 36 integrantes, sendo que a metade dos deputados é contra a idade mínima da aposentadoria de 65 anos, inclusive parlamentares da base aliada do governo. A aposentadoria integral após 49 anos de contribuição e a unifi­cação das regras para homens e mulheres também não têm maioria na Comissão Especial.

“O que acontece com a Pre­vidência são as distorções na contribuição de setores empre­sariais, como o agronegócio que contribui apenas 1,4% e o setor financeiro com 9% e são os que menos empregam no Brasil”, explicou o presidente do Sindicato, Rafael Marques.

“A sustentabilidade da Pre­vidência está ameaçada por conta dessa distorção. Quem está no poder hoje não tem ver­gonha nem pudor de fazer um governo de mentiras em que os ricos estão se banqueteando enquanto atacam os direitos dos trabalhadores”, criticou.

O deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, do PT-SP, defendeu que a mobili­zação é o caminho para barrar os ataques. “Está na hora dos que foram enganados e bateram panelas estarem juntos em defe­sa dos direitos”, chamou.

O senador Paulo Paim, do PT-RS, vai propor a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI, para investigar as contas da Previdência até o fim de março.

TERCEIRIZAÇÃO

Um acordo de líderes da base do governo na Câmara pode dar mais um golpe na classe trabalhadora ao por em votação o projeto de 1998 que libera a terceirização geral e acaba com a CLT. A última tramitação desse projeto foi em 2002.

A CUT convocou sindi­calistas para mobilização em Brasília hoje para impedir a votação dessa manobra. 

Da Redação