Reforma da Previdência: Juízes querem aposentadoria de R$ 15,6 mil para não fazer greve
Juízes estaduais, de tribunais militares e do Trabalho marcaram greve nacional entre os dias 5 e 12 de agosto porque não aceitam a proposta de aposentadoria de R$ 12.900,00 feita pelo governo federal (a quantia é 30 vezes maior que a média recebida pelo trabalhador aposentado na iniciativa privada). Eles querem manter os R$ 15,6 mil (40 vezes a média paga pelo INSS).
Ditadura militar
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Maurício Corrêa, afirmou que a paralisação é inconstitucional, mas defende a aposentadoria integral especial para os juízes.
Corrêa sabe que com a greve dos juízes estaduais nenhum processo chegará ao STF, que desta forma não precisará parar. Com tudo isso, Corrêa aparece como bonzinho quando, na verdade, é um dos que mais trabalha contra a reforma.
Outro é o presidente da AMB (Associação dos Magistrados do Brasil), Cláudio Maciel. Ele disse que se houver uma negociação que atenda à pauta dos juízes, a paralisação será suspensa.
Isto é, se o governo mantiver a aposentadoria como está, não haverá movimento. Maciel deve ter ficado com a consciência pesada, pois afirmou depois: “Não queremos chantagear ninguém, mas defender o Judiciário”.
Certo está o relator da reforma, José Pimentel (PT-CE), ao perguntar porque os juízes não entraram em greve contra a ditadura militar, quando o Judiciário foi desrespeitado.