Reforma Ministerial: Governo quer maioria e azeitar a máquina

Curto e grosso. Após analisar sua atuação em 2003, o governo Lula concluiu que precisava com urgência resolver dois problemas. O primeiro: garantir maioria no Congresso para não ter que negociar cada votação. O segundo: melhorar o funcionamento da máquina administrativa que falhou em diversos setores no ano passado.

Para resolver o primeiro problema, o PMDB passou a integrar a administração. Como resultado, a base aliada na Câmara passou a cerca de 380 deputados, 72 a mais que os necessários para aprovar reformas na Constituição (308 votos). Pelo menos em tese, acabou a necessidade de negociar cada votação.

A segunda solução foi encontrada internamente. Aproveitando o desempenho do chefe da Casa Civil, Lula colocou José Dirceu como uma espécie de gerentão do governo que passará a cuidar exclusivamente do funcionamento da máquina administrativa.

O relacionamento com os políticos fica para o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). E a área social está praticamente unificada sob o comando do deputado Patrus Ananias (PT-MG) que durante o mandato como prefeito de Belo Horizonte teve atuação destacada no setor.