Reforma Política: O fim do voto secreto no Congresso

O presidente da Câmara
Federal, deputado Arlindo
Chinaglia (PT-SP), disse que
o projeto de reforma política
será votado nesta semana.

Ele comentou que os temas
polêmicos, como as listas
pré-ordenadas de candidatos
ou votos distritais, devem ser
votados à parte, por meio de
emendas.

Lista fechada – Na semana passada um
grupo de seis partidos apresentou
proposta que descarta
a lista fechada elaborada
pelos partidos e propõe uma
votação mista.

Nela, o eleitor escolhe primeiro
a legenda e depois, se
quiser, opta por um nome na
lista. Depois de publicar prós
e contras dos principais temas
da reforma política, a Tribuna
mostra hoje o debate sobre
o fim do voto secreto.

O jornal já falou sobre
listas fechadas, voto distrital
e financiamento público.

Fim do voto secreto no Congresso

Deputados e senadores serão obrigados a revelar
seus votos para as eleições das direções da Câmara
e do Senado, para votação de vetos presidenciais
e para a cassação de mandatos.

A favor
– a cassação de mandatos, por exemplo, hoje é definida
sem se saber como cada parlamentar votou
– o eleitor passa a saber como cada parlamentar se
posicionou
– acordos para evitar punições a parlamentares processados
não irão para a frente com o voto aberto, pois os
políticos ficarão com receio da reação dos eleitores à
suas posições

Contra
– é preciso defender o direito do parlamentar votar de
acordo com sua consciência
– o voto deve ser aberto apenas na cassação de mandato,
nas demais situações deve ser fechado para que
haja independência do parlamentar em relação ao governo
e ao poder econômico