Reforma sindical: Encontro pode definir pontos polêmicos
Mais de um sindicato representando uma categoria, representa-ção no local de trabalho e financiamento das entidades são os pontos divergentes a serem solucionados na última reunião do Grupo da Organização Sindical do Fórum Na-cional do Trabalho. Sindicalistas e empresários tentarão fechar hoje acordo, durante encontro em Brasí-lia em torno dos temas considerados mais polêmicos.
A representação sindical no local de trabalho é um destes temas. Alguns empresários não aceitam que o sindicato entre na empresa. De acordo com o Secretário Nacional de Organização da CUT, Arthur Henrique da Silva Santos, a resistência está entre as micro e pequenas empresas.
As grandes empresas, segundo Santos, já possuem esses representantes. Ele lembra da necessidade de mudar a cultura de algumas empresas de que o sindicato só pode chegar até a porta da fábrica.
>> Representação única
Outra polêmica é quanto ao fim da unicidade sindical, que seria a possibilidade de mais de um sindicato atuar na mesma base.
CUT e Força Sindical têm posições diferentes. Para a CUT, a possibilidade de haver mais de um sindicato de determinada categoria por região permitirá aos trabalhadores escolher qual sindicato os representaria. Atualmente pode existir apenas um sindicato por região e ele só pode ser substituído por meio de eleição.
A CUT alega que o sindicato escolhido é que define as regras da eleição e o tempo de mandato – e por causa disso muitas vezes o representante fica “eternamente” no poder. A Força Sindical defende a manutenção da unicidade.
Outro debate vai acontecer em relação ao Imposto Sindical.
Para a CUT, o Imposto Sindical deve ser extinto num prazo até três anos; já a Força Sindical quer o fim da cobrança no prazo de até cinco anos. A resistência ao fim do imposto também vêm das entidades patronais.