Reforma Trabalhista enfraquece a organização dos trabalhadores
(Foto: Rodrigo Pinto)
A reforma Trabalhista defendida pelo governo e pelos patrões enfraquece a organização dos trabalhadores e permite a retirada dos direitos conquistados. A Tribuna publica nesta semana os principais pontos da proposta. Até o fechamento desta edição, a Comissão de Assuntos Econômicos, a CAE, do Senado votava a reforma.
Se aprovada, passará pelas comissões de Assuntos Sociais, a CAS, e Constituição, Justiça e Cidadania, a CCJ, para depois ser votada em plenário.
“A reforma Trabalhista estabelece condições em que o custo do trabalho para os patrões se torne cada vez menor, enquanto pagamos a conta com jornadas maiores e salários e condições de trabalho precárias”, afirmou o secretário-geral e presidente eleito do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.
“Ao aliar a terceirização irrestrita com a reforma, a ameaça de trabalho precarizado será concretizada”, alertou. “A falta de diálogo do governo com as centrais sindicais e a sociedade em uma proposta que afeta todos os brasileiros mostrou que a discussão está toda errada”, prosseguiu.
Entre os pontos de interesse dos patrões estão medidas de enfraquecimento dos sindicatos. “Com a reforma, o trabalhador terá que discutir salários, benefícios e condições direto com a empresa. Se coletivamente já é difícil estabelecer uma negociação com os patrões, como vai se dar a relação individualmente?”, questionou.
“Por isso, a mobilização e unidade dos companheiros são essenciais neste momento de desmonte da CLT e das conquistas históricas da classe trabalhadora”, concluiu.
Tribuna na mão
Até a Greve Geral, convocada pela CUT e demais centrais sindicais no dia 30 de junho, os diretores do Sindicato farão panfletagem da Tribuna nas portas de fábrica para reforçar a conversa com os companheiros sobre as reformas Trabalhista e da Previdência, além da Lei da Terceirização irrestrita já aprovada. Ontem as atividades foram na Ford, em São Bernardo; Papaiz, em Diadema; e Unitec, em Ribeirão Pires.
Da Redação