Região com mais emprego e renda

O Consórcio de Prefeitos do ABC instala hoje o Grupo de Trabalho (GT) do setor automotivo. Resultado do Seminário ABC do Diálogo e do Desenvolvimento, o GT reunirá trabalhadores, poder público e empresas para discutir metas e planos para o desenvolvimento da cadeia automobilística no ABC. O presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, que participará do lançamento, adiantou que as metas são emprego, renda e melhor qualidade de vida na região.

Qual o objetivo do GT?
Discutir o setor econômico mais importante do ABC significa discutir como fortalecer o ABC e o setor na região. O objetivo é garantir novos investimentos, inovações, tecnologia, transformar tudo isto em vantagens para a ABC e, no final, sedimentar e ampliar o emprego e a renda.

Por que logística e crédito foram eleitos como prioritários pelo GT?
Existem gargalos que impedem ganhos de eficiência no setor. Um deles é a logística por causa do esgotamento da malha viária, conforme nos foi apresentado durante o seminário. Muitas empresas já nos disseram que enfrentam problemas no just-in-time (sistema de produção no qual os componentes chegam na hora em que o produto é montado). Então, o GT vai debater como melhorar a eficiência do trânsito na região.

O Rodoanel traz um alívio nesse aspecto?
Sabemos que o Rodoanel pode resolver e também trazer problemas. É tarefa do GT verificar as potencialidades que o Rodoanel pode gerar. Entre elas, a instalação de um porto seco, que será uma espécie de pré embarque para desembaraçar e agilizar as operações do porto de Santos. Veja que isso não beneficia apenas o setor automotivo, mas toda a economia do ABC.

Qual o objetivo do debate sobre crédito?
É proporcionar alternativas de financiamento e facilitar o crédito para a cadeia e os fornecedores das montadoras, principalmente os  pequenos.

Onde o setor pode crescer na região?
No campo da inovação, da tecnologia e do desenvolvimento.
O ABC é um polo de engenharia automotivo. Temos a FEI, a Faculdade de Engenharia Mauá e, em breve, a Federal do ABC pode entrar no setor. O diálogono GT também quer proporcionar um encontro entre esse atores. Quem não se modernizou perdeu o bonde da história. Grandes fábricas como a Brosol e a Motores Búfalo, por exemplo, não acompanharam as inovações e fecharam. O trabalhador e a região perderam com isso.

E que papel caberá ao Estado e à União?
Temos de situar o poder público, o que cada setor faz para superar os impactos da crise econômica econômica mundial e o que devem fazer para preparar a região para o pós crise, para o futuro.