Região cria mais de 3,5 mil vagas
São Bernardo e São Caetano lideram geração de novos postos de trabalho
O ABCD registrou saldo positivo com a criação de 3.551 postos de trabalho com carteira assinada no mês de maio. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta segunda-feira (20/06), pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
Em maio, a geração de empregos formais foi liderada por São Bernardo (1.080), seguida de São Caetano (951), Mauá (693), Santo André (668), Diadema (302) e Rio Grande da Serra (5). Já Ribeirão Pires fechou com saldo negativo (-148), com mais dispensas do que contratações.
Dos oito setores da economia regional, a indústria de transformação liderou o ranking de emprego com um saldo positivo de 1.792; logo atrás o setor de serviços também impulsionou as contratações, resultando em um total de 1.177 novas vagas. Já a construção civil teve queda de contratações em cinco cidades e apenas em São Bernardo e Mauá houve geração expressiva de ocupações. O segmento do comércio, que tradicionalmente abre muitas vagas, em maio não obteve bom desempenho e apenas Santo André e Diadema contabilizaram mais de 100 vagas preenchidas pelos trabalhadores.
De acordo com o diretor executivo do Smabc (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC), Carlos Alberto Gonçalves, (o Krika), o quadro geral é positivo em relação ao emprego gerado na indústria, mas a instituição está atenta e já está promovendo ações junto ao sindicato empresarial e ao governo para lutar pela geração de empregos no setor industrial. “A nossa expectativa é de que as exportações continuem crescendo para proporcionar oportunidades para o setor. Nosso objetivo é lutar também para que as empresas possam investir em inovação e impulsionar a geração de empregos na cadeia automotiva.”
Na concepção do economista e professor de economia da FSA (Centro Universitário Fundação Santo André), Volney Gouveia, o mercado interno é o principal agente que está contribuindo para que as empresas instaladas no País alcancem resultados expressivos na geração de postos de trabalho. “As ações anunciadas recentemente pelo governo federal ainda não emplacaram e a indústria continua com dificuldade para trabalhar com o câmbio vulnerável. Acredito que o setor automobilístico ainda mantém um ritmo excelente com as vendas de aproximadamente 250 mil veículos por mês e isso acaba contribuindo para a geração de novas vagas no segmento industrial”, pontuou.
Empregos passam de um milhão neste ano – Os empregos com carteira assinada no País totalizaram 252.067 postos de trabalho em maio. O número de empregos criados não é recorde histórico para meses de maio. O melhor resultado para o quinto mês de um ano foi registrado em 2010 – quando foram criados 298 mil empregos formais.
Apesar de o número ter recuado em maio e nos cinco primeiros meses deste ano (1,17 milhão) o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, insistiu que não há desaceleração na criação de empregos formais.
“Atingimos o primeiro milhão (de empregos criados) da presidente Dilma Rousseff”, comemorou o ministro Lupi. O valor, porém, ficou abaixo do registrado em igual período do ano passado, um total de 1,38 milhão.
Ajuste
“Não considero desaceleração. Considero ajuste. Pode haver algumas adequações momentâneas do mercado. A área de emprego tem alguns efeitos diferenciados da economia. Quando o PIB em 2009 foi negativo, acabamos com mais de 1,7 milhão de empregos criados”, disse ele.
Conforme o ministro, os investimentos externos é que serão responsáveis por alavancar os empregos formais neste ano. “Como teve uma diminuição da oferta de recursos dos bancos públicos, houve uma ampliação de investimentos estrangeiros, o que não aconteceu em 2008 e 2009. O Brasil virou uma meca de investimentos. Todo mundo quer investir no Brasil”, afirmou ele.
Do ABCD Maior