Região produz 26% da frota nacional de veículos
Em 2008, dos 3,2 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus fabricados, 835 mil saíram das sete montadoras da região - Volkswagen, General Motors, Ford, Mercedes-Benz, Scania, Toyota e Karmann Ghia
O Grande ABC responde por 26% do total de veículos produzidos no País. Em 2008, dos 3,2 milhões de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus fabricados, 835 mil saíram das sete montadoras da região – Volkswagen, General Motors, Ford, Mercedes-Benz, Scania, Toyota e Karmann Ghia. A região também foi responsável por 26% do total das vendas ao atacado, com 758 mil unidades.
Os dados, levantados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram revelados pelo presidente da entidade, Jackson Schneider, durante o 1º Fórum Internacional de Relações Multilaterais Econômico-Comerciais/CF, realizado em São Bernardo.
“O ABC é praticamente um País automotivo e emprega cerca de 39% do empregos no setor, o que equivale a 42.043 pessoas”, afirma.
Para Schneider, um dos maiores desafios da indústria automobilística é recuperar as exportações, que já chegaram a 900 mil unidades. No ano passado, foram 742,4 mil veículos, sendo que, destes, 33% (245 mil) foram produzido no Grande ABC. A expectativa deste ano não ultrapassa 450 mil unidades.
“O Brasil tem muito a se superar em tecnologia. Apesar de hoje ser ele quem exporta às matrizes a tecnologia dos veículos compactos, precisamos atrair investimentos, já que existe no mundo todo uma capacidade ociosa de 21 milhões de unidades para serem fabricadas.”
Ele ressaltou, ainda, que uma das saídas está no estímulo ao uso de biocombustíveis para que, tanto a frota nacional como a dos outros países, seja substituída por veículos flex. “Se na África se conseguisse inserir 5% de álcool na gasolina, já seria um início para gerar empregos e atrair investimentos, além de ser um nicho futuro para carros flex.”
Também presente no evento, o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, destacou que só São Bernardo responde por 7% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro – cerca de R$ 203 bilhões -, em grande parte por conta da presença de seis das sete montadoras da região.
Segundo Guimarães, a ideia é aumentar o número de produtores de etanol, a fim de torná-lo commodity internacional. “Precisamos, ainda, diversificar o parque industrial brasileiro, aproveitando as oportunidades do pré-sal e as energias alternativas, como a eólica.”
Quanto ao pré-sal, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou que de 2009 a 2013 serão investidos US$ 104 bilhões. “Haverá 296 novas embarcações, serão contratados 40 navios sonda e plataformas de perfuração e 19 usinas de energia serão construídas”.
Na segunda-feira, os cerca de 450 funcionários da unidade de Capuava defenderam greve caso não haja proposta satisfatória da empresa até sexta-feira. “Além de votar algumas questões como feriados de Natal e Ano Novo, votamos também que a fábrica vai parar caso não haja um acordo favorável até o fim da semana”, afirma Sapão.
Nesta terça, os cerca de 750 metalúrgicos da unidade de Utinga da Eluma realizam assembleia. “Estamos pressionando as empresas, pois a data-base da categoria é 1º de novembro. Como os sindicatos patronais estão demorando para apresentar propostas, estamos tentando negociações individuais”, explica o diretor do sindicato, Sivaldo da Silva Pereira, o Espirro.
O sindicato representa 24 mil metalúrgicos da região e reivindica reposição salarial de 10%, além da redução de jornada semanal de 44h para 40h.
Do Diário do Grande ABC