Regime automotivo amplia incentivos à produção de caminhões e ônibus

Setor tem cerca de 60% de seus trabalhadores em empresas da base do Sindicato


Fotos: Rossana Lana / SMABC

Na terceira matéria da série sobre o Plano Brasil Maior (leia a primeira e a segunda reportagem), anunciado na semana passada pela presidenta Dilma, a Tribuna Metalúrgica explica como as medidas afetam positivamente o setor de caminhões e ônibus, que tem cerca de 60% de seus trabalhadores em empresas da base do Sindicato. 

Com a colaboração direta dos Metalúrgicos do ABC, o Plano, que criou o Novo Regime Automotivo, estipula contrapartidas de conteúdo nacional e amplia o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do BNDES, destinando recursos de R$ 45 bilhões para incentivar a inovação e a competitividade. 

O PSI, que financia a aquisição de máquinas, equipamentos, ônibus e caminhões, teve suas taxas reduzidas, o prazo de amortização estendido de 96 para 120 meses e participação do banco em até 90% para grandes empresas e de 100% para pequenas e médias empresas.  

Dentro do Novo Regime Automotivo também foi criada uma linha de crédito especial para projetos transformadores, que criem capacidade tecnológica e produtiva em setores de alta intensidade de conhecimento e engenharia. 

“Esses incentivos são necessários para que o setor de caminhões e ônibus possa criar projetos e desenvolvê-los aqui. O governo Dilma demonstrou que está preocupado com o setor, que sofre os reflexos da crise econômica mundial e é estratégico para o crescimento do Brasil”, afirmou Sérgio Nobre, presidente do Sindicato. 

Ele lembrou que além das medidas ligadas ao financiamento da produção e do mercado, o incentivo às exportações e a obrigatoriedade do conteúdo nacional como contrapartida para a obtenção dos créditos são sinais claros do compromisso do governo federal com os Metalúrgicos do ABC. 


Presidente do Sindicato foi escolhido como representante dos trabalhadores

Sérgio Nobre é do Conselho de Competitividade Setorial
O presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, é o representante dos trabalhadores no Conselho de Competitividade Setorial Automotivo, que começou a funcionar depois do anúncio do Plano Brasil Maior, junto com outros 18 conselhos consultivos.

O Conselho Automotivo será responsável por traçar um perfil da situação atual e das perspectivas de desenvolvimento do setor, contribuir na elaboração de agendas comuns e propor políticas públicas e contrapartidas empresariais para o cumprimento das metas do Plano.

Sérgio Nobre afirmou que a criação dos conselhos representa mais uma reivindicação da categoria atendida pelo governo e que dará mais transparência ao Plano Brasil Maior, além de manter o foco nos empregos e no crescimento do Brasil.

“As medidas do Plano focaram na proteção do emprego e da produ­ção e abriram espaço para os trabalhadores debaterem e negociarem questões estratégi­cas, como inovação tecnológica”, concluiu.

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