Regime Automotivo do Nordeste: Senado e CEO da Stellantis dizem sim à prorrogação

Em ato derradeiro como CEO da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa voltou a defender a manutenção dos incentivos do Regime Automotivo do Nordeste e Centro-Oeste como elemento de viabilidade dos negócios do setor fora do eixo Sul-Sudeste. Por ser no momento a única montadora de veículos no Nordeste, a Stellantis tem lutado sozinha pela manutenção dos incentivos que contemplam a sua mais moderna e lucrativa fábrica na região, em Goiana (PE).

Na contramão da ideia, montadoras da porção Sul-Sudeste buscam meios de convencer senadores em Brasília (DF) a votarem contra a prorrogação das isenções fiscais que incidem na operação da líder em vendas do mercado automotivo brasileiro. Filosa conta que está em curso um planejamento que envolve elevar o número de fornecedores em sua base na região. A meta é chegar até 2026 com um aumento de 70%, o que representaria, na prática, uma elevação das atuais 30 companhias fornecedoras para 50 empresas.

A prorrogação dos incentivos do Nordeste é uma das emendas da PEC 45, a que trata também da Reforma Tributária, em tramitação no Senado Federal. Por ora, tudo parece estar correndo como a Stellantis gostaria. Na quarta-feira, 25, o relator da PEC, o senador Eduardo Braga, deu parecer favorável à proposta da reforma, com aprovação total da emenda que trata da extensão dos incentivos até 2032.

O relator, portanto, acatou à emenda 67, que propõe a concessão, até dezembro de 2032, de créditos presumidos de IPI para empresas instaladas ou que venham a se instalar nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que sejam montadoras de veículos ou fabricantes de peças. O parecer do relator ainda é inconclusivo, uma vez que ainda haverá votação na casa. No entanto, não deixa se ser uma primeira vitória para a Stellantis e também para a BYD, que produzirá veículos no Nordeste, na fábrica de Camaçari (BA).

Do Automotive Business