Regulamentação do Mover completa um ano e programa segue estacionado
Um ano se passou desde que o governo federal assinou a primeira portaria do Mover, Programa Mobilidade Verde e Inovação, que estabeleceu gastos mínimos em P&D para que indústrias do setor automotivo interessadas em obter incentivo, por meio de créditos financeiros que totalizavam R$ 19,3 bilhões, pudessem habilitar-se à iniciativa. De lá para cá cento e setenta empresas tornaram-se elegíveis, com duzentas habilitações, sendo 158 de abril a dezembro de 2024 e 38 de janeiro a março deste ano.
Montadoras anunciaram aportes de R$ 130 bilhões em pesquisa, desenvolvimento e inovação e, autopeças, outros R$ 50 bilhões. Entretanto ainda são aguardadas publicações com definições a respeito de temas importantes como eficiência energética, reciclabilidade e reciclagem veicular que compõem passo fundamental para o Mover sair do papel.
Até o momento, porém, o que há de novo, além do compasso de espera, e da cobrança das matrizes frente aos anúncios de investimentos em P&D, é a liberação de créditos do primeiro trimestre, pleiteados em dezembro. Os do segundo trimestre ainda não tiveram sinal verde. Aparentemente também o ritmo mensal das habilitações, diante do cenário, vem desacelerando.
Ponto positivo, entretanto, foi o lançamento do Finep Mover Empresarial, na quarta-feira, 26. Ele traz nova roupagem ao Finep 2030, que a partir de agora permitirá que até as montadoras pleiteiem verba antes limitada às autopeças. Estão disponíveis, ao todo, R$ 100 milhões. Outra novidade são os recursos não reembolsáveis para arranjos em rede com outras empresas e ICTs, Institutos de Ciência e Tecnologia, a fim de desenvolver todas as ações de linhas temáticas dentro do programa.
Da AutoData