Reino Unido reduz subsídios para elétricos e incentiva gasolina

Surpreendentemente, o Reino Unido reduziu os subsídios para compradores de veículos elétricos. A ação compromete diretamente a indústria automotiva que tenta abandonar rapidamente os motores a combustão. A partir de quinta-feira (18), a concessão máxima para elétricos foi reduzida de £3.000 (cerca de R$ 23 mil) para £2.500 (R$ 19 mil). O governo britânico também reduziu o limite do preço dos carros elegíveis para o subsídio de £50 mil (R$ 385 mil) para £35 mil (R$ 270 mil).

A medida é alvo de críticas por parte da indústria automotiva, porque esse é o segundo corte de subsídios para elétricos em menos de um ano. Em março de 2020, houve a redução da concessão de £3.500 (R$ 27 mil) para £3.000 (R$ 23 mil). Para alimentar a polêmica, o corte acontece duas semanas após o chanceler Rishi Sunak congelar o imposto sobre o combustível. Medida que foi interpretada como uma “ajuda generosa” para veículos a gasolina e a diesel.

Embora os carros elétricos sejam mais caros, eles são uma parte crucial para o cumprimento das metas de descarbonização do Reino Unido. Com o mesmo objetivo, países como Noruega e Alemanha, também subsidiam a compra de elétricos. No entanto, a recente medida encarecerá a aquisição de veículos que produzem zero emissões de dióxido de carbono. Enquanto isso, o congelamento do combustível “reduz” os custos da queima de gasolina e diesel.

Rachel Maclean, ministra dos transportes, disse que o governo britânico gostaria que o maior número possível de pessoas pudesse adotar os veículos elétricos. Mas, devido aos custos elevados, o objetivo é beneficiar os cidadãos com menor poder aquisitivo. “Embora o nível de financiamento permaneça alto dada a demanda crescente, estamos redirecionando as concessões de veículos para modelos mais acessíveis, onde o dinheiro dos contribuintes fará mais diferença”, explica Maclean.

Do Tecmunco