Rejeitadas Propostas do G8, G10 e estamparia. Mobilização prossegue

A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, rejeitou proposta de reajuste salarial de 6,6% apresentada pelas bancadas dos Grupos 8, 10 e Estamparia para a Campanha Salarial 2013.

Reunião do Grupo 8 na última segunda-feira onde foi rejeitada proposta na mesa de negociação

A Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, rejeitou proposta de reajuste salarial apresentada pelas bancadas dos Grupos 8, 10 e Estamparia para a Campanha Salarial 2013.

Os patrões ofereceram 6,07% como reposição da inflação dos últimos 12 meses, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC, mais 0,5% de aumento real, totalizando 6,6% de reajuste.

“A proposta é tão ruim que rejeitamos na mesa”, analisou o presidente do Sindicato, Rafael Marques. “Por isso continuaremos com a mobilização nas fábricas de todas as bancadas que participam das negociações”, prosseguiu.

“Pressão com negociação é maneira tradicional dos metalúrgicos do ABC lutarem para conquistar dos patrões uma proposta que contemple a categoria nas cláusulas sociais e nas econômicas”, concluiu Rafael.

Montadoras

As montadoras da base não participam da Campanha Salarial da FEM-CUT em 2013 porque os acordos nestas empresas estão acontecendo por fábricas, já que envolvem negociações de reestruturação com a chegada de novos produtos.

25 empresas mobilizadas em quatro dias

Trabalhadores em mais cinco empresas da base pararam ontem, totalizando 25 fábricas mobilizadas desde a decisão de intensificar a Campanha Salarial 2013.

O objetivo das assembleias é pressionar as empresas para que convençam as bancadas patronais a apresentar uma proposta decente nas próximas rodadas de negociações dos Grupos 2, 3, 8, 10, Estamparia e Fundição.

As mobilizações aconteceram nesta quarta-feira na Apema e Kostal, em São Bernardo; na Masaflex, em Ribeirão Pires; e na Federal Mogul e MGE, em Diadema.

Em todas foi aprovado o estado de alerta. “A companheirada está no pique para ampliar as horas paradas a qualquer momento”, disse o coordenador da Regional Diadema, David Carvalho.

Como foi

Em assembleia conjunta com a Federal Mogul, os metalúrgicos na MGE aprovaram a suspensão das horas extras e ambas vão trabalhar em operação tartaruga.

Na Apema, os companheiros também disseram não às horas extras. “A fábrica inteira parou. Estamos preparados para continuar nossa luta”, disse o coordenador de São Bernardo, Nelsi Rodrigues, o Morcegão. Na Kostal a mobilização continua.

Na Masaflex foi aprovada por unanimidade a continuidade da mobilização. “As paradas de uma, duas, três horas são apenas o começo”, comentou o coordenador na Regional de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Juarez Barros, o Buda. A mobilização prosseguirá durante toda a semana, com atrasos nas entradas dos turnos em diversas fábricas da base.

Da Redação