Relações de gênero
Nas últimas semanas,
três fatos relacionados às
relações de gênero foram
manchetes na grande imprensa.
A primeira foi a divulgação
da Síntese de Indicadores
Sociais do IBGE,
mostrando que a mulher
chefia quase 30% dos lares
brasileiros.
A segunda noticiava a
decisão da Comissão de Direitos
Humanos do Senado
de aprovar o projeto de lei
que aumenta o período de
licença maternidade de 120
para 180 dias. A última comentava
a decisão do Juiz
Edílson Rodrigues, de Sete
Lagoas (MG), que considerou
inconstitucional a
lei Maria da Penha.
Arrimos – O aumento do número
de mulheres que assumem
a maior parte das despesas
de casa revela sua presença
crescente no mercado de trabalho.
Neste espaço, no entanto,
continuam a enfrentar
barreiras significativas.
Sua remuneração é relativamente
inferior a dos homens,
além de serem discriminadas
no acesso a cargos
de chefia e direção.
Atenção à criança – A ampliação da licença
maternidade permitirá
maior atenção materna às
crianças numa fase crucial
de sua vida.
O projeto ainda precisa
ser aprovado na Câmara
e, em seguida, ser sancionado
pelo Presidente da
República. Trabalhadoras
autônomas e domésticas,
porém, não serão beneficiadas
pela lei.
Machismo – Já a reação do juiz à lei
Maria da Penha, considerada
um marco na defesa
da mulher contra a violência
doméstica, é um triste
exemplo dos que ainda
acham que o mundo deve
continuar sob o comando
absoluto dos homens.
Os fatos indicam que,
apesar dos avanços realizados
pela sociedade
brasileira em relação à
igualdade nas relações de
gênero, o caminho a ser
percorrido ainda é longo
Departamento de Formação