Renault e Nissan vão reduzir parceria para salvar marca japonesa
Participação cruzada mínima das fabricantes será reduzida de 15% para 10%; Nissan vai deixar joint-venture para desenvolvimento de carros elétricos
Renault e Nissan anunciaram na segunda-feira (31) mudanças no modelo de aliança entre as duas fabricantes. O objetivo é ajudar a Nissan a ter mais flexibilidade no enfrentamento de uma grave crise financeira pela qual passa, conforme informado no comunicado oficial. A principal alteração é a redução na chamada participação cruzada mínima que as duas fabricantes devem ter uma na outra.
A partir de agora, a participação cruzada mínima entre as empresas será de 10%. Até então, a porcentagem que cada uma deveria ter da outra era de 15%. O objetivo, ainda que nada tenha sido dito a respeito no comunicado, é salvar a Nissan, que está mergulhada em uma crise. Após a tentativa frustrada de fusão com a Honda, os japoneses revelaram um profundo plano de lançamentos para o mundo nos próximos dois anos.
No Brasil, a reestruturação incluirá o fechamento da fábrica da Nissan na Argentina, a renovação da picape média Frontier (que passará a vir do México), do sedã médio Sentra e do compacto Versa, a segunda geração do Kicks e um inédito SUV de entrada. Globalmente, o plano da Nissan prevê um novo arranjo no modelo de aliança com a Renault. Segundo o acordo atualizado, qualquer oferta de compra de ações deve seguir um rito.
Um ponto interessante é que, se a Renault encontrar um interessado em comprar as ações da Nissan, por exemplo, essa empresa poderia ter benefício a uma primeira oferta de compra. Além disso, a Nissan também deixou sua participação na Ampere, empresa criada em 2023 para o desenvolvimento de veículos elétricos para a aliança.
Do AutoEsporte