Renda do trabalhador manterá crescimento do País
O economista Sérgio Mendonça, do Dieese, acredita que uma garantia de que o crescimento do País vai continuar está justamente no rendimento do trabalhador, que sustentará o consumo. “Será um colchão de sustentação. Esse é o nosso grande trunfo para dizer que a economia continuará crescendo em 2011”, afirmou nesta quarta ao apresentar a pesquisa de emprego feita pelo Dieese e pela Fundação Seade .
O coordenador de análise do Seade, Alexandre Loloian, considera absurdo dizer que os salários contribuem, de alguma maneira, para a inflação. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, o rendimento de fevereiro é menor que o de igual mês de 2001. “Dizer que os salários estão altíssimos e comprometem o poder de competitividade da indústria brasileira é, no mínimo, mais um mito”, afirma.
Na comparação mensal, o rendimento médio dos trabalhadores ficou em R$ 1.377 em fevereiro, 5,1% maior que em fevereiro do ano passado.
Desemprego tem ligeira elevação observa Dieese
A taxa de desemprego calculada em sete regiões brasileiras pelo Dieese e pela Fundação Seade subiu em março para 11,2%.
Essa taxa corresponde a uma estimativa de 2,4 milhões de trabalhadores desempregados, 133 mil a mais do que em fevereiro.
O comportamento é visto pelos técnicos como normal para o período. “É um movimento típico desta época do ano”, explica o economista Sérgio Mendonça, do Dieese.
Um dos motivos da subida pode ser explicado por ser um mês de planejamento das empresas, quando elas não contratam.
No ABC a taxa também subiu, passando de 9,6% para 10,7%, o que da aproximadamente 144 mil pessoas sem trabalho.
A Pesquisa é realizada no Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo.
Da Redação