Renda dos Trabalhadores caindo pelas tabelas

O IBGE divulgou a taxa de desemprego no Brasil do 4º trimestre de 2021, estimada em 11,1%. O governo federal bateu tambor, celebrando a redução de 1,5 ponto percentual em comparação ao 3º trimestre de 2021 (12,6%), e redução de 3,0 pontos percentuais frente ao 4º trimestre de 2020 (14,2%).

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Também no 4º trimestre de 2021, o rendimento médio real, já descontada a inflação, foi estimado em R$ 2.447,00, o nível mais baixo de toda a série histórica desde 2012.

É verdade que houve um movimento de retomada do emprego em condições pré-pandemia, mas os dados divulgados pelo IBGE na Pnad trimestral mostram que o número de trabalhadores desempregados permanece na casa dos 12 milhões, estabilizando num patamar bastante elevado.

A retomada econômica resultante do sucesso da vacinação perdeu o impulso e escancara o perfil do desemprego estrutural existente no país. Se em números absolutos voltamos ao patamar de desemprego pré-pandemia, o perfil do emprego gerado tem sido de pior qualidade, com menor renda e retirada de direitos.

Exatamente o oposto do que necessitamos, uma expansão consistente da massa salarial para a retomada do crescimento. Uma política de desenvolvimento com geração de emprego e renda é necessária e urgente, mais do que nunca.  Mas iniciativas nessa direção não fazem parte da natureza do atual (des)governo, caberá construí-las para 2023.

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