Renovação da Frota de Caminhões chega ao Ministério da Fazenda

A chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Nilza Fiuza, garantiu na última quinta, 2 de abril, que o Programa Nacional de Renovação da Frota de Caminhões seria enviado no mesmo dia a Brasília. A presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, devem receber cópias do projeto.

O documento foi entregue após ato que reuniu cerca de 1.500 trabalhadores em frente ao Ministério da Fazenda, na capital paulista, pelo Sindicato; a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT; a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT; a CUT; e demais centrais sindicais (fotos).

Outra boa notícia veio do superintendente de Administração do Ministério da Fazenda em São Paulo, Donizeti Rosa. Durante a reunião, ele afirmou que agendará um encontro de Joaquim Levy com os Metalúrgicos do ABC e a militância sindical para o avanço das discussões.

O Sindicato já se reuniu também com os ministros da Casa Civil; do Meio Ambiente; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); e o presidente do BNDES para que medidas sejam tomadas com o intuito de reaquecer o mercado de caminhões.

“É urgente a construção do Programa de Renovação da Frota, que pode impulsionar a produção de caminhões, manter empregos, diminuir acidentes e a emissão de poluentes no ar”, declarou o presidente do Sindicato, Rafael Marques.

“A Anfavea [sindicato das montadoras] refez o estudo que reafirma a viabilidade do programa, já que a cada quatro caminhões que serão reciclados, um novo será comprado, o que mantém o nível de impostos recolhidos pelo governo”, disse o dirigente. “Desta maneira, o programa se paga. Além, é claro, dos custos dos acidentes que diminuirão, o trânsito que fluirá melhor, entre outros aspectos”, prosseguiu.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, se o objetivo do ato foi chamar a atenção do governo federal pedindo medidas de estímulo à produção de caminhões, ele foi conquistado. “O mecanismo serve para garantir empregos nas montadoras e aquecer a economia”, afirmou.

Já o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), Paulo Cayres, confirmou que a proposta estimula a compra pelos caminhoneiros autônomos, com financiamento em longo prazo e redução de juros.

O presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, continuou: “Um projeto desses, que tira veículos velhos de circulação faz com que o trânsito flua de maneira mais rápida. Tudo melhora, inclusive atraindo novas tecnologias”, defendeu.

Entenda o Programa Nacional de Renovação da Frota de Caminhões

O Programa prevê retirar de circulação caminhões com mais de 30 anos, reduzindo a idade gradativamente em dez anos, com a reciclagem de, pelo menos, 30 mil veículos ao ano. A primeira etapa será destinada à modernização da frota de caminhões. Os veículos antigos representam quase 20% da frota – cerca de 200 mil unidades. Além de emitir menos poluentes, os caminhões novos também consomem 10% menos diesel em comparação aos antigos, que gastam 28% a mais de óleo diesel em distâncias de até 800 km e 35% acima de 6 mil km.

Da Redação