Renovação da frota de caminhões já!

O Sindicato, a Federa­ção Estadual dos Me­talúrgicos da CUT, a FEM-CUT, e a Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, realizam Ato pela Renovação da Frota de Caminhões, amanhã, a partir das 9 horas, em frente ao prédio do Ministério da Fazenda, em São Paulo.

O vice-presidente do Sin­dicato, Aroaldo Oliveira da Silva (foto), explicou à Tribu­na quais são os objetivos da manifestação e a importância da criação de uma política para a renovação da frota no Brasil.

Tribuna Metalúrgica – Por que os metalúrgicos do ABC estarão no Ato pela Renovação da Frota de Caminhões?

Aroaldo Oliveira da Silva – Entendemos que é urgente que o Brasil adote uma polí­tica permanente de renovação da frota de veículos pesados e precisamos esclarecer a popu­lação sobre isso.

TM – Por que a renovação da frota é tão importante?

Aroaldo – Por seis razões fundamentais, segurança no trânsito; redução de poluentes na atmosfera e de consumo de combustível; estímulo à produção de caminhões, reci­clagem de materiais; e geração de emprego e renda.

TM – Por que a renovação da frota influencia a segurança no trânsito?

Aroaldo – A proposta co­letiva que construímos prevê a retirada de caminhões de circulação, em um primeiro momento, com mais de 30 anos, o que representa quase 20% da frota atual. Embora esses caminhões tenham au­torização para circular, dados do Ministério dos Transportes mostram que dos veículos pesados que se envolvem em acidentes, um terço deles tem mais de 9 anos. Além disso, de todos os acidentes registrados, 10% tem participação de ca­minhões com idade superior a esta.

TM – Quantos caminhões existem no Brasil com mais de 30 anos?

Aroaldo – Segundo a Agência Nacional de Trans­portes Terrestres, a ANTT, são 227.982 caminhões com mais de 30 anos.

TM – O que vai acontecer com estes veículos?

Aroaldo – Eles serão en­tregues em um posto de re­ciclagem e serão totalmente destruídos em troca de um certificado, que garantirá o acesso de seus proprietários às linhas de crédito específicas para aquisição de caminhões novos.

TM – Qual será o impacto para o setor de caminhões com a adoção do Programa de Renovação da Frota?

Aroaldo – Essa medida estimulará a produção de ca­minhões, o que provocará um impacto positivo na geração de novos postos de trabalho e na renda do trabalhador.

TM – E para a sociedade em geral?

Aroaldo – Terá um impacto forte sobre a questão ambiental, já que esses caminhões antigos que serão retirados de circu­lação poluem muito mais o ambiente e consomem muito mais combustíveis.

TM – Quantas entidades con­tribuíram para a construção do Programa de Renovação da Frota de Caminhões?

Arolado – Além do Sindi­cato, participam da elaboração do projeto a Anfavea, Sindicato das Montadoras; Fenabrave, Sindicato das Distribuidoras de Veículos; Sindipeças, Sindicato das Autopeças; Instituto Aço Brasil; CNT, Confederação Na­cional dos Transportes; NTC, Associação Nacional de Trans­porte de Carga e Logística; Inesfa, Instituto Nacional das Empresas de Sucata de Ferro e Aço; Sindinesfa, Sindicato do Comércio Atacadista de Sucata Ferrosa e Não Ferrosa do Esta­do de São Paulo; Simefre, Sindi­cato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários.

Da Redação