Renovado acordo de prensas
Depois de meses de discussões, as bancadas de trabalhadores e dos patrões chegaram a um acordo para renovar a convenção coletiva de proteção de prensas, que vigora no Estado de São Paulo desde novembro de 2002.
Uma série de avanços foi conquistada pelos metalúrgicos na convenção renovada, entre elas a obrigatoriedade de qualificação do trabalhador para operar prensas ou máquinas similares.
Agora existe uma formação específica para o operador de máquinas”, disse Mauro Soares, diretor do Sindicato.
Na nova convenção, a Delegacia Regional do Trabalho fica obrigada a avisar os sindicatos do dia e hora das fiscalizações nas empresas. Acredito que daqui por diante as fiscalizações serão mais eficientes com o acompanhamento de diretores dos sindicatos”, disse ele.
Mais proteção
A nova convenção dá uma atenção especial às galvânicas, setor dos mais poluídos, aumentando a responsabilidade da fábrica no processo de trabalho.
Mauro explicou que existem exigências mais detalhadas para uma galvânica funcionar, melhorando a proteção à saúde do trabalhador.
Também foi proibida a comercialização e o transporte de qualquer máquina de engate por chaveta que não esteja protegida dentro das normas da convenção.
São máquinas simples e perigosas, as que mais mutilam. As que não se adequarem às normas de proteção terão de ser sucateadas”, comentou Mauro.
Ação
Nesses três anos, várias empresas alegaram falta de possibilidade técnica ou financeira para não cumprirem as exigências legais.
Vamos continuar interditando as máquinas que ainda não se adequaram à legislação que protege a vida e a saúde do trabalhador”, avisou ele.
A convenção será assinada no início de março com a presença do ministro do Trabalho Luiz Marinho.