Reposição em duas vezes, NÃO !
O Grupo 5 (autopeças, forjarias e parafusos) propôs ontem a reposição das perdas salariais em duas vezes. Uma parcela em novembro, outra em fevereiro do ano que vem.
A proposta foi imediatamente rejeitada. “Estamos falando de perdas, de recomposição, de reposição salarial e não de inflação futura”, disse o presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicios da CUT (FEM), Adi Santos Lima, ao justificar a rejeição da proposta.
Adi lembrou que a inflação (INPC) acumulada de outubro passado até setembro deste ano chega a 15,7% e a reivindicação da categoria é 20%, somando o aumento, que queremos de uma vez só.
>> “Sugestão de índice” é piada
Quando é para enrolar, os patrões inovam. Ontem, a negociação com o Grupo 9 (máquinas e eletro-eletrônicos) não avançou em nada, mas os patrões avisaram que na reunião do próximo dia 23 apresentarão uma “sugestão de índice”.
“Nunca tinha ouvido isso antes. Sugestão de índice é novidade”, reclamou Adi. Para ele, isso é conversa fiada para enrolar. Segundo ele, o descaso deve prosseguir. Os patrões argumentaram que muitos sindicatos patronais do Grupo 9 sequer fizeram assembléia para discutir a nossa pauta.
>> Grupo 10 sai da toca
Depois de mais de dois meses com a nossa pauta na mão, o Grupo 10 (trefilação, tratamento de superfícies, estamparias etc) desencantou e marcou a primeira negociação. Será na terça-feira da semana que vem.
Hoje, o Tribunal Regional do Trabalho julga o dissídio coletivo do Grupo 10 do ano passado referente a cláusula da garantia de emprego aos acidentados e aos portadores de doenças profissionais. No ano passado, a FEM fez acordo parcial e essa cláusula foi a julgamento.