Reposição Salarial: Nos grupos 9 e 10, luta será por empresa

Esgotadas as tentativas de negociar a reposição salarial de emergência com grupos de empresas, o Sindicato vai partir para pressionar e negociar por fábrica.

Ontem, terminou sem avanço o encontro realizado na Sede do Sindicato entre a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) e empresas dos grupos 9 e 10 na região.

“Agora o que vale é a mobiliza-ção em cada empresa”, resumiu José Paulo Nogueira, diretor do Sindicato. Ele disse que, apesar da insistência da Federação e da boa vontade dos trabalhadores em se criar um clima de negociação, os resultados não foram satisfatórios.

Pressão já começou com protesto na Mark Peerless – Na sexta-feira passada, trabalhadores na Mark Peerless, em São Bernardo, realizaram protesto contra a postura da empresa, que dificultava a construção de um acordo com o Sindimaq (setor de máquinas). Diante da mobilização, a empresa reviu sua postura.

Pelo mesmo motivo, companheiros na Confab, em Pindamo-nhangaba, fizeram protesto também na última sexta-feira, enquanto na Saturnia, em Sorocaba, os 300 trabalhadores pararam ontem.

“Essas empresas têm forte influência no Grupo 9 e estão impedindo um acordo que atenda a reivindicação dos trabalhadores”, disse Adi Santos Lima, presidente da Federação Estadual dos Metalúr-gicos da CUT.

Para ele, a enrolação dos patrões do G-9 e G-10 já foi longe demais. “Os trabalhadores das empresas desses dois grupos devem intensificar suas formas de pressão”, concluiu.