Representação na Volks debate com Senai desafios da qualificação profissional no novo mundo do trabalho

Os representantes na Volks promoveram ontem, na sala da Comissão de Fábrica, um debate sobre o futuro da qualificação profissional.

Foto: Adonis Guerra

A atividade integra as comemorações dos 40 anos da conquista da Comissão de Fábrica.

O palestrante, Felipe Morgado, do Departamento Nacional do Senai, lembrou que hoje no Brasil 75 milhões de jovens de 14 a 24 anos nem estudam e nem trabalham e que um a cada três não completa o ensino médio. Também destacou a necessidade de superar os desafios deixados pela pandemia na defasagem do estudo e que o Brasil precisa formar mais 2 milhões de trabalhadores até 2025.

Foto: Adonis Guerra

“Hoje existem novos modelos de crescimento e aprimoramento da força de trabalho, temos que estar atentos. O mundo inteiro está precisando se requalificar, e se o Brasil não qualificou muitas pessoas, é preciso diminuir as distâncias, todos vão ter que se qualificar”, argumentou. 

O coordenador da representação na fábrica, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, ressaltou que o trabalhador qualificado dá retorno positivo e que, portanto, essa responsabilidade precisa ser cobrada da empresa. “Isso é possível onde o sindicato está organizado, onde há organização forte no local de trabalho”.

“Mas se não tivermos uma indústria forte, essas pessoas que têm esse conhecimento acabam indo para fora, porque não têm aqui a oportunidade. Temos um governo que não dá bola para a classe trabalhadora que está sofrendo muito sem geração de emprego”, completou.

Foto: Adonis Guerra

Transição justa

Bigodinho reforçou que o Sindicato defende uma transição justa e gradual nesse período da transformação tecnológica para que mais trabalhadores sejam contemplados.

“O jovem começa ter identidade quando começa a ter conhecimento, por meio da qualificação profissional, da escola forte, mas isso está longe de muitos. O ponto de partida é dar condições para as pessoas ocuparem os mesmos espaços”.