Representante do coletivo da juventude participa de curso sobre Indústria 4.0 na Suécia
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O Nordic IN, que representa os sindicatos dos países nórdicos e bálticos, promoveu entre os dias 13 e 15 de maio um curso para a juventude, o Nordic IN International Youth Course, em um centro de convenções na cidade de Åkersberga, na Suécia.
O trabalhador na Volks, Felipe Oliveira Dias, do Coletivo da Juventude Metalúrgica do ABC, participou representando a juventude brasileira. Participaram também, além de sindicalistas brasileiros e suecos, representantes da Finlândia, Noruega, Dinamarca, Alemanha, Gana e África do Sul.
No primeiro dia foi apresentado o setor de juventude do IndustriAll Europe, a federação europeia de sindicatos metalúrgicos, químicos, de energia, calçados, mineração e outros setores. No segundo dia, o Nordic IN, e no terceiro, a Indústria 4.0, chamada pelos organizadores de Digitalization. Após cada apresentação houve debates.
“Foi apresentado pelo Nordic IN uma visão mais ‘otimista’ da Indústria 4.0, de que as indústrias vão voltar para os países nórdicos, sem tocar no assunto da diminuição dos postos de trabalho e seus impactos. Muitos participantes do curso não conheciam bem esse tema”.
“A relação que países de 1º mundo têm com a Indústria 4.0 é diferente da nossa. Eles apresentaram como uma evolução natural da indústria. ‘Não devemos temer as novas tecnologias. Devemos temer as velhas’. O problema é que nós somos como o irmão mais novo, que usa a roupa que não serve mais no irmão mais velho. Quando eles tiverem máquinas novas, nós iremos ficar com as velhas, isso se elas chegarem aqui e se ainda tiver indústria aqui”, avaliou.
Também houve visita na matriz da Scania. “Perguntei sobre a I4.0 e me disseram que tem pouca coisa na fábrica em que visitamos. Essa visão apresentada pelo Nordic IN e a falta de conhecimento dos outros participantes me mostrou como os debates promovidos pelo nosso Sindicato e Confederação, tentando ver a Indústria 4.0 do ponto de vista da classe trabalhadora e seus impactos no dia a dia, nos traz um grau de informação importante. Não temos os mesmos recursos, mas estamos fazendo a nossa parte”, finalizou”
“Desde 2008 quando foi feita a parceria com a CNM/CUT, esse tem sido um espaço importante para nossa juventude entender as dinâmicas e diferenças entre os países do Norte e nos do Sul global, não só para compreender, mas também para traçar estratégias conjuntas para avançarmos em direitos em nossos locais de trabalho”, completou o secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Maicon Michel Vasconcelos da Silva.