Resgate de mineiros soterrados no Chile pode demorar menos do que o previsto
Soterrados desde 5 de agosto, os 33 trabalhadores da Mina de San José, no Chile, podem ser resgatados antes do previsto pelas autoridades chilenas. Os responsáveis pelas operações informaram hoje (16/9) que falta escavar pouco mais de 200 metros para chegar até o local onde os mineiros estão isolados. Os trabalhadores estão a 700 metros de profundidade. O trabalho conjunto de duas máquinas perfuradoras acelerou a escavação.
As máquinas Strata 950 e T-130, que têm potências diferentes, estão acionadas de forma ininterrupta. O terceiro equipamento, usado em petrolíferas, deve ser acionado ainda hoje. Os técnicos concluíram ontem a construção de uma plataforma própria que sustente o uso desta última máquina.
As informações são da rede estatal de televisão do Chile, a TVN. Na semana passada, uma das máquinas parou por problemas técnicos, gerando angústia, temor e revolta entre trabalhadores soterrados e as famílias.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, designou o ministro da Saúde para acalmar os parentes e os mineiros. Porém, ele manteve a previsão inicial de resgaste em mais três a quatro meses. As autoridades pensaram até em usar dinamites para acelerar as operações. A proposta era entrar por uma chaminé, usando o explosivo. Mas a alternativa foi descartada por causa do risco de novos desabamentos.
Em um mês e 11 dias que estão soterrados, os mineiros transformaram o local onde estão em uma verdadeira comunidade com tarefas bem divididas – limpeza, alimentação, saúde, comunicação e segurança. Foram gravados dois vídeos que as autoridades chilenas divulgaram, nos quais os trabalhadores mostram o cotidiano deles e mandam mensagens para as famílias.
Com ajuda da Nasa (Agência Espacial dos Estados Unidos), as autoridades chilenas mantêm os mineiros sob rigoroso monitoramento. A preocupação maior é com a saúde física e mental deles. Alguns trabalhadores apresentaram depressão.
Do Opera Mundi