Resil: PLR reduzida irrita trabalhadores
Os companheiros na Resil, de Diadema, receberão a segunda parcela da PLR amanhã com uma redução no valor inicialmente previsto. A empresa alega que as metas não foram atingidas.
Para os companheiros as metas não foram atingidas por responsabilidade da fábrica, que mudou o sistema de produção sem treinar o pessoal.
Segundo José Pequeno, do Comitê Sindical, a forte intensidade do ritmo de trabalho e a pressão por produção são outros fatores que puxam as metas para baixo e pioram as condições de trabalho e de segurança.
“Foram três acidentes de dezembro para cá, um deles com a mutilação de uma mão e outros dois acidentes com mutilação de dedos”, conta ele, dizendo que a produção vem aumentando, mas o número de trabalhadores e de máquinas é o mesmo.
José Pequeno afirma ainda que muita gente é obrigada a trabalhar doente para não perder a cesta-básica, já que o benefício é cortado depois de duas faltas no mês.
“Tudo isso baixa o indicador de metas, mas os companheiros não podem pagar com a PLR a conta da displicência das chefias”, disse ele.
Os companheiros querem que a fábrica reveja a postura e reivindicam o valor inicial de PLR. Caso contrário, a fábrica pode ter problemas na produção.