Responsável pelos seus atos
O presidente Bolsonaro diz que ficou com pecha de genocida por defender a cloroquina. Não é verdade. É acusado de genocídio por não respeitar o conhecimento técnico-científico de médicos, biólogos, microbiologistas, físicos, estatísticos, pesquisadores de saúde e de pessoas de bom senso, em geral. Nesse cenário se inclui a defesa do uso da cloroquina.
É acusado de genocida ao promover aglomerações de pessoas; ao não defender o uso de máscaras e o isolamento ou distanciamento social quando recomendado, como fez no Sete de Setembro ao desfilar, sem máscara, em carro oficial com dez crianças, também sem máscaras, expostas à contaminação.
Os apoiadores do presidente, segurando bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel também não usavam máscaras, na sua grande maioria.
São atitudes como esta que dificultam o controle e mantém ativa a pandemia. Manifestações desse tipo fazem com que as taxas de transmissão e contaminação voltem a subir no país e evidenciem que não há controle sobre a propagação da doença.
Levantamento divulgado na terça-feira, dia 8, pelo Imperial College de Londres aponta que a taxa de transmissão do novo coronavírus no Brasil, o chamado Rt, voltou a ser 1. Semana passada foi de 0,94, o menor registro desde abril.
A taxa indica que cada pessoa contaminada pelo novo coronavírus tem capacidade para contaminar mais uma. Taxas inferiores a 1 indicam que a transmissão está sendo reduzida.
A aceleração do contágio foi divulgada após o fim de semana prolongado pelo feriado do Dia da Independência, em que as cenas de praias lotadas de pessoas sem máscaras se repetiram pelo Brasil.
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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente