Resumo

Na boca do Leão
As centrais sindicais, CUT à frente, terminaram novembro e começaram dezembro em estado de prontidão pelo reajuste na tabela do Imposto de Renda e por aumento real do salário mínimo. Com manifestações em diversas capitais – como a do centro de São Paulo, que reuniu 2.500 pessoas no último dia 29 – e a 3ª Marcha do Salário Mínimo e Imposto de Renda, em Brasília, no dia 6 de dezembro, os sindicatos exigem o cumprimento do compromisso firmado pelo governo no ano passado, de corrigir a tabela do IR em 7,77% e zerar a inflação da era Lula. Querem ainda a elevação do salário mínimo de 350 reais para 420.

A queda-de-braço com a equipe econômica promete. Contrariando o acordo feito em dezembro de 2005, após a 2ª Marcha, o governo e a Comissão Mista de Orçamento do Congresso previram reajuste de 3% na tabela do IR e salário mínimo de 375 reais. Os sindicatos propõem, além da correção da base de cálculo do IR, a substituição da atual fórmula, com duas faixas de alíquota – de 15% e 27,5% –, por uma que preveja faixas de 10%, 20%, 25% e 27,5% e o fim do limite de deduções para despesas com educação.

Mais que básica
Se dependesse das classes D e E da pirâmide social brasileira, o Produto Interno Bruto estaria crescendo mais. Segundo o estudo O Consumo na Era Lula, feito pela empresa LatinPanel, especializada em consumo domiciliar, as famílias com rendimento médio até quatro salários mínimos consumiram 11% mais nos últimos quatro anos.

Nesse segmento, em 8.200 famílias analisadas entre janeiro de 2003 e agosto de 2006, cresceu 35% o gasto médio com alimentos, bebidas, higiene pessoal e limpeza e passaram a integrar a cesta-padrão sucos em pó, massas instantâneas, caldos para tempero, esponjas sintéticas, extrato de tomate, salgadinhos, leite longa vida e maionese. Nota divulgada pela LatinPanel constata “uma sofisticação da cesta de consumo na baixa renda”.

Desigualdades
Ranking divulgado no mês passado pelo Fórum Econômico Mundial coloca o Brasil em 67º lugar – de 115 países analisados – na ostentação de diferenças entre homens e mulheres nos quesitos participação política, salários e nível de escolaridade e acesso à saúde. Destes, se considerada apenas a atividade econômica, o Brasil seria o 98º, dada a discrepância entre os gêneros nos salários. O acesso à saúde – que leva em conta expectativa de vida e taxa de nascimento de cada sexo − é o único quesito em que o Brasil se sai bem, dividindo a primeira posição com outros 33 países.

Papel reaproveitável
A batalha contra o desperdício de papel tem levado companhias como Xerox e Toshiba a desenvolver tecnologias para reaproveitamento rápido das folhas de impressão para utilização por empresas. Uma nova tecnologia da Xerox permite que documentos possam ter sua impressão auto-apagada após 16 horas e cada folha ser reutilizada até 50 vezes. Já a Toshiba anunciou uma impressora capaz de imprimir e apagar folhas até 500 vezes, com papéis semelhantes aos das primeiras máquinas de fax, feitos com resíduos plásticos que ainda possam ser reciclados ao fim da