Reunião termina sem acordo

A reunião entre a Força Sindical e a Fiesp, realizada na terça-feira, terminou sem sucesso. Com a ausência da CUT, que representa 42,5% de todos os sindicatos brasileiros, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, recuou da posição inicial e sustentou que a meta do encontro não era obter um acordo que flexibilizasse os direitos trabalhistas e que não exigisse a manutenção dos empregos.

Recusa
O presidente nacional da CUT, Artur Henrique da Silva, não participou da reunião por avaliar que um acordo nos termos apresentados pela Força Sindical e pela Fiesp enfraqueceria
o poder de negociação dos sindicatos.
Além disso, o dirigente ressaltou que não aceitaria qualquer acordo que resultasse na flexibilização dos direitos trabalhistas e que não garantisse o emprego do trabalhador.
“Um acordo guarda-chuva como esse que a Força quer construir cria uma generalização, como se todos os setores da economia estivessem na mesma condição, ou como se todas as empresas passassem pelo mesmo momento contábil. E isso não é verdade. Além disso, quando se aceita um diálogo em que já se começa perdendo, você só ajuda os setores que estão aproveitando do momento para demitir ou reduzir direitos”, afirmou Artur Henrique.

Volta atrás
Segundo Paulinho, “a única divergência que há entre nós e a CUT é que eles acham que não é necessário esse tipo de reunião e que os acordos têm de ser feitos na base, entre cada sindicato e cada empresa. E, realmente, precisa mesmo, senão, não tem qualquer validade”, reconheceu.