Revolução Russa mobiliza operários no mundo
Nos anos seguintes, uma Europa em clima de pré-guerra e a crise econômica mundial fazem retroceder a organização operária. Em 1914, com o início da Primeira Guerra Mundial, as centrais sindicais assumem a defesa da paz.
O início de 1917 marca a derrubada da monarquia russa, e os trabalhadores assumem o poder revolucionário.
A repercussão foi internacional, mostrando que era possível um governo de trabalhadores, redobrando o ânimo operário no mundo todo na luta por uma vida melhor.
Aqui no Brasil, o operariado também comemora a revolução russa e milhares de trabalhadores participam do 1º de Maio de 1917 nas principais cidades do País.
São duas as reivindicações unitárias: neutralidade do Brasil na guerra e criação de programas de governo para aumentar empregos e salários.
Nas semanas seguintes, dezenas de categorias em todo o País entram em greve e o clima é de revolta popular. Em São Paulo o movimento assume características de insurreição. As greves param a cidade, que vira uma praça de guerra. O governo joga sua máquina repressiva sobre os trabalhadores.
Constante Castelani, operário de 17 anos foi assassinado pela polícia durante passeata em Santo André, em 1919.
Dois meses depois, ainda em 1917, o governo e patrões fazem acordo com os grevistas em troca de promessas que não serão cumpridas. A vitória dos trabalhadores têm repercussão nacional.
A guerra acaba em 1918, e diante da intensa mobilização dos operários, os governantes europeus realizam conferência acatando reivindicações como jornada de oito horas, salário mínimo, fim do trabalho infantil e salário e trabalho iguais para homens e mulheres.