Rio + 10, uma lição para o futuro?

Em Johanesburgo, África do Sul, encerrou ontem o chamado Rio + 10 em alusão à ECO 92 realizada no Rio de Janeiro.

Como a preservação da natureza não é possível em situações de extrema pobreza, o eixo das discussões foi o desenvolvimento sustentável, que é o desenvolvimento sem destruição do meio ambiente.

Durante séculos o desenvolvimento da humanidade se deu às custas de uma imensa devastação dos recursos naturais. Claro que os países ricos, desenvolveram-se muito mais e provocaram uma parcela de destruição ambiental muito maior, criando enorme distância entre os povos ricos e pobres.

Somente os Estados Unidos são causadores de 25% da destruição da vida da terra. Em contrapartida, seu presidente negou-se a participar do encontro e não aceita as metas propostas de redução da poluição, pois isso “diminuiria sua imensa riqueza”.

Na outra ponta propõe-se um prazo até 2015 para se levar água potável e esgoto para a metade da população que hoje não dispõe desses recursos básicos. Serão 13 anos de esforço de vários povos para resolver apenas 50% de uma verdadeira vergonha mundial que é a falta de saneamento.

A constatação de que a maioria das metas da ECO 92 sequer saíram do papel e o mesmo ocorrerá com as estabelecidas na RIO+10, soma-se a postura irresponsável de muitos governantes dos países ricos. Apesar disso, cresce entre os cidadãos de todas as partes do mundo a parcela de pessoas conscientes e dispostas a lutar pela vida.

Pense nisso durante os 10 minutos que você escova os dentes e faz a barba com a torneira aberta, jogando fora a salvação de muitas de vidas, a poucos metros da sua própria casa. A partir daí lute pela vida nas fábricas, na comunidade, e, porque não, na hora do voto!

Comissão de Saúde, Condições de Trabalho e Meio Ambiente