Rolls-Royce adere ao Trabalho e Cidadania

Fábrica é mais uma a aderir ao programa que completará um ano


Representantes dos trabalhadores, da fábrica e do Sindicato se reuniram para assinar o acordo.
Foto: Amanda Perobelli

Após quase um ano de negociações, os companheiros na Rolls-Royce de São Bernardo conquistaram nesta quinta-feira (14) o direito de participar do programa Trabalho e Cidadania, que mostra a atividade sindical ao trabalhador.

A assinatura do primeiro acordo desse tipo em uma fábrica no Grupo 3 da base foi considerada um grande avanço pelo coordenador do Comitê Sindical Rogério Fernandes, o Rogerinho.

“Quando mais informação e formação o companheiro tiver, melhor para o ambiente de trabalho”, afirmou.

Para o diretor comercial da Rolls-Royce, Alessandro Cinto, o acordo tem a ver com o momento da Rolls Royce, de acreditar que o diálogo traz o melhor resultado. “Foi uma surpresa conhecer o Sindicato. Não imaginava que a relação de trabalho pudesse ser tão aberta”, comentou.

Sergio Nobre, presidente do Sindicato, destacou a importância do programa chegar a uma autopeça técnica e tecnologicamente avançada como a Rolls-Royce, que reforma turbinas de aeronaves.

“Além da formação tecnológica, é importante que esses companheiros entendam a organização sindical e os processos de negociação”, comentou.

Já para João André e Tânia Pereira, também do CSE, o trabalho no chão de fábrica será facilitado com o curso. “O pessoal passará a entender melhor o papel da representação sindical”, afirmaram.

Programa chega ao primeiro ano
O metalúrgico que cursa o Trabalho e Cidadania passa um dia inteiro no Sindicato e conhece um pouco da história da categoria, sua forma de organização e o processo de negociação coletiva, na fábrica ou na campanha salarial.

Esse dia foi conquistado na campanha salarial de 2009 e o programa completa um ano na semana que vem, depois que cerca de 1.500 companheiros participaram de suas atividades.

Por limitação de estrutura, por enquanto o curso é aplicado duas vezes por semana a um grupo de 60 companheiros na Ford e Mercedes. O Sindicato vai ampliar essa capacidade com a construção de oito salas de aulas no Clube de Campo da categoria, onde espera atender 200 metalúrgicos por semana, com a meta de chegar a 600.

*Atualizado às 16h38
Da Redação