Rompimento da Força Sindical: Trabalhador é prejudicado
O presidente da CUT Nacional, Luiz Marinho (foto), acredita que a decisão da Força Sindical de suspender as ações conjuntas com a Central, inclusive na campanha salarial, atende apenas os interesses daqueles que querem a divisão da classe trabalhadora.
Ele lamentou o ato, que classificou de emocional e precipitado. “Nos últimos meses, fizemos uma série de ações em conjunto com as demais centrais sindicais e ainda temos disposição de procurar a unidade de ação como forma de atender os interesses dos trabalhadores”, afirmou.
Marinho negou que dirigentes ou assessores da CUT participaram da campanha eleitoral de 2002 de maneira irregular, como alegou a Força. “Ao contrário, o Congresso da CUT decidiu apoiar Lula e, a partir daí, incentivamos a montagem de comitês a favor do candidato. Tudo da forma mais transparente possível”, concluiu.
>> Ironia, oportunismo e maracutaias
A Força Sindical saiu também do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, secretaria consultiva do presidente Lula, alegando igualmente problemas na campanha eleitoral.
O ministro Tarso Genro, responsável pelo órgão, ironizou a decisão: “Será um trabalho enorme encontrar um substituto. Temos mais de uma centena de pedidos para integrar o conselho”.
A comentarista política Dora Kramer considerou o episódio oportunismo do presidente da Força. A jornalista disse que há muito tempo Paulinho conhece o enorme dossiê que o denuncia por desvio de verbas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Como ele desejava uma desculpa para romper com o governo, aproveitou que a história foi di-vulgada mais uma vez e tenta jogar a culpa na CUT e no governo por suas maracutaias, afirmou Dora.