Rota 2030: cerca de 45% dos veículos cumprem objetivos e terão desconto no IPI

Para consultoria, objetivos do atual regime automotivo foram “pouco ambiciosos” na etapa inicial

A consultoria Bright Consulting, especializada no segmento automotivo, apresentou nesta semana algumas conclusões importantes envolvendo o Rota 2030, atual regime automotivo brasileiro que substituiu o Inovar-Auto, programa que vigorou até dezembro de 2017. No mês passado, reporta a Bright Consulting, chegou ao fim o período de mensuração de desempenho das empresas habilitadas a receber os benefícios concedidos pelo Rota 2030, entre eles a dedução proporcional no IRPJ e CSLL dos investimentos no país em pesquisa e desenvolvimento.

Outra vantagem interessante do Rota 2030 para o estímulo a veículos mais eficientes reside na redução do IPI para os modelos que atingiram determinados níveis de redução de consumo e emissões. De acordo com a Bright Consulting, aproximadamente 45% dos veículos comercializados passam a ter abatimentos de 1 ou 2 pontos percentuais no IPI. Somando o incentivo às novas alíquotas reduzidas do tributo, a incidência do IPI no preço dos veículos diminui consideravelmente, salienta a Bright.

Embora todas as marcas habilitadas tenham alcançado as metas mínimas de evolução na eficiência energética definidas no programa Rota 2030, acrescenta a consultoria, alguns veículos não atingiram essa meta de forma individual – o que não era compulsório. Entre os três grupos avaliados (automóveis, SUVs grandes e picapes), observa-se que o percentual de veículos que alcançaram ou ultrapassaram os objetivos é maior em SUVs grandes e picapes.

Entre os automóveis, quase 35% dos veículos vendidos não alcançaram as metas mínimas do Rota 2030, sendo balanceados por outros produtos da mesma marca habilitada. 23% deles tiveram resultados que os habilitam a 1 ponto percentual de benefício de IPI e 16% ao benefício de 2 pontos percentuais de IPI, detalha a Bright Consulting. 

Do Autoo