Roupa suja: Governador contra os trabalhadores
O governador Alckmin age contra a saúde dos trabalhadores e dos seus familiares. Ele vetou o projeto aprovado pela Assembléia Legislativa garantindo a responsabilidade das empresas pela lavagem dos macacões dos trabalhadores.
Estudos apontam que a lavagem desses uniformes na casa do trabalhador pode contaminar a família pelo contato com produtos perigosos.
O autor do projeto, deputado José Zico (PT), disse que o veto do governador foi político, porque o projeto é de um deputado do PT. O projeto voltará para a Assembléia e José Zico espera que os deputados derrubem o veto do governador.
Pressão obriga recuo
Depois do ato de protesto com 20 mil professores o governador recuou no projeto que colocava em risco a carreira na rede estadual, privilegiando os empresários da educação privada.
O projeto permitia a contratação de professores temporários pelo prazo de seis meses, podendo ser prorrogado por mais seis meses.
Além disso, o profissional nesse tipo de regime de trabalho não poderia ser contratado pelo prazo de dois anos.
Na prática, Alckmin poderia demitir os 120 mil professores no encerramento dos anos letivos, para fazer recontratações no ano seguinte, sempre no esquema temporário.
Para a Apeoesp, o sindicato dos professores, a aprovação do projeto acabaria com a carreira na rede estadual, comprometendo a estrutura da Educação no Estado.
A manifestação dos professores, na semana passada, teve concentração na Avenida Paulista com passeata até o prédio da Assembléia Legislativa.
Alckmin, mais uma vez, jogou a Força Tática e a Cavalaria da PM em cima dos professores, num festival de pancadaria.