Rumo ao segundo turno
O processo de democratização do Brasil é bastante novo, mas tem comprovado ser extremamente sólido, mesmo depois dos 21 anos (de 1964 a 1985) que vivemos uma ditadura militar. Nossas instituições têm se mantido firmes, mesmo com denúncias vazias com finalidades eleitoreiras, vindas da elite dominante e de parte da imprensa.
As eleições de domingo passado comprovaram isso. O processo de votação transcorreu de forma tranquila e a rapidez da apuração garantiu a segurança necessária para o pleito. Essa aula de democracia o Brasil tem dado ao mundo todo, principalmente após a instalação do sistema eletrônico.
A Constituição de 1988 instituiu o segundo turno nas eleições majoritárias (presidente da República, governadores de Estado e prefeitos de cidades com mais de 200 mil eleitores). Essa é uma maneira de legitimar a candidatura eleita, já que será empossada com a certeza de ter mais da metade da vontade popular.
Dois projetos diferentes
Domingo passado, a população brasileira decidiu que para escolher o próximo presidente da República haveria necessidade de tempo maior para reflexão. A vontade popular deve ser respeitada.
Com a polarização entre os dois finalistas, Lula e Alckmin, será mais fácil identificar os dois projetos diferentes em disputa no Brasil. Ou continuaremos com as reformas necessárias, com o crescimento econômico e com os programas sociais que têm tirado da miséria milhares de brasileiros, com o aumento da renda e do emprego; ou voltaremos ao passado, ao projeto neo-liberal do período FHC, que estagnou a economia brasileira, vendeu o patrimônio nacional a preço de banana e gerou o maior índice de desemprego que este País já viu.
Esperamos que o povo brasileiro reflita bem, compare os projetos e continue com o melhor.
Departamento Jurídico