Sai acordo com o grupo 10
Trabalhadores conquistam 7,45% de reajuste salarial e ampliação dos
direitos sociais. Cláusula de estabilidade será discutida na Justiça.
Depois de três meses
de negociações e de muita
mobilização, a Federação
Estadual dos Metalúrgicos
da CUT (FEM-CUT) assina
amanhã a Convenção Coletiva
com o grupo 10.
O impasse nas negociações
terminou na segundafeira,
quando os patrões concordaram
com as propostas
da FEM-CUT. “O ambiente
de negociação com o grupo
10 foi mais tenso em relação
aos demais grupos, mas o
importante é que fechamos
um acordo que garante melhorias
sociais e econômicas
significativas para toda a
categoria”, afirmou Valmir
Marques, o Biro-Biro, presidente
da FEM-CUT.
O acordo é este
7,45% de reajuste salarial,
o que engloba 2,5%
de aumento real e 4,79% de
reposição das perdas. O reajuste
é retroativo a novembro
e a diferença deve ser
paga agora em dezembro
Os pisos tiveram reajustes
de 8,3% a 10,46%
e passam para R$ 630,00
(empresas com até 50 empregados);
R$ 680,00 (de 51
até 500) e R$ 780 (acima de
500).
As trabalhadoras terão
licença amamentação opcional
de 8 dias úteis; garantia
no emprego de 30 dias para
quem sofreu aborto (não
criminoso); licença remunerada
de 10 dias em caso
de violência doméstica, sem
desconto nas férias e no 13º
salário; realização de exames
gratuitos de prevenção
câncer e aumento no auxílio
creche de 12 meses para 24
meses.
Os jovens em fase de
tiro de guerra terão garantidos
o emprego e salário
desde o alistamento até a
incorporação e nos dias 30
dias após o desligamento.
O acordo tem validade
de um ano.
Data-base e portador
de doença profissional
Não houve acordo
com a cláusula que garante
estabilidade ao portador
de doença profissional e o tema será discutido
na Justiça.
Os patrões assumiram
o compromisso de discutir
no ano que vem a antecipação
da data-base para
setembro e a adesão ao
acordo de prensas.