Salário Mínimo: CUT ocupará Congresso Nacional hoje

A CUT ocupará hoje o Congresso Nacional e cerca de 150 dirigentes irão percorrer gabinetes e comissões para entregar a deputados e senadores a Agenda dos Trabalhadores.

Trata-se de um conjunto de propostas para a política econômica e para aperfeiçoamento do mundo do trabalho, com destaque para a valorização do salário mínimo e a redução da jornada de trabalho. “Um dos objetivos é que os parlamentares retomem uma agenda de debates para além das CPIs”, acrescentou o presidente da CUT, João Felício. Quatro diretores do nosso Sindicato integram a comitiva da CUT.

Em relação ao salário mínimo, a Central propõe a criação de um fundo a ser obtido por um imposto sobre grandes fortunas. O imposto incidiria uma única vez sobre pessoas físicas ou jurídicas com um patrimônio líquido superior a R$ 2,3 milhões (1 milhão de dólares).

Segundo Felício, a alíquota do imposto poderia ser em torno de 1,5%, capaz de arrecadar por volta de R$ 24 bilhões.

“Nosso desafio é fazer a proposta ser entendida como um esforço de remuneração aos mais pobres e não como mais um imposto”, disse Jeferson José da Conceição, economista da subseção Dieese da CUT, um dos responsáveis pela elaboração do projeto. Para ele, o fato  do imposto não ser permanente e aplicável uma única vez dá viabilidade política à proposta.

Para o Dieese, o fundo criado pelo imposto colaboraria para que o mínimo tivesse em torno de 9% de aumento real a cada ano até 2024, quando o seu valor chegaria a R$ 1.509,00, igual quando o mínimo foi criado, na década de 40.

O protesto é uma preparação para a 2º Marcha a Brasília que será realizada em dezembro.