Salários pagos por empresas brasileiras cresceram 0,6%, diz IBGE

Os salários médios pagos pelas empresas e outras organizações brasileiras cresceram 0,6% entre 2009 e 2010. O dado é da pesquisa do Cadastro Central de Empresas 2010, divulgada hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, o salário médio passou de R$ 1.640,12 em 2009 para R$ 1.650,30 no ano seguinte. O destaque ficou com as empresas da indústria extrativa (12,4%), cuja média salarial passou de R$ 2.823,91, em 2009, para R$ 3.173,32, em 2010. Entre os cinco setores que tiveram redução salarial, a maior queda ficou com as empresas do segmento de atividades profissionais, científicas e técnicas (queda de 3%).

A maior média salarial em 2010 continuou sendo paga pelas empresas de eletricidade e gás: R$ 5.125,90, ou seja, quase três vezes a mais do que a média geral. Já o menor salário ficou com o setor de alojamento e alimentação (R$ 779,58, menos da metade da média).

Os salários pagos mantiveram a proporcionalidade em relação ao tamanho das empresas. Enquanto as microempresas pagaram, em média, R$ 825,42 aos empregados, as grandes pagaram R$ 2.019,57. Os maiores salários em 2010 continuaram sendo pagos na Região Centro-Oeste (3,9 salários mínimos) e os menores, na Região Nordeste (2,5 salários mínimos).

Pessoal ocupado em empresas e outras organizações
O total de pessoal ocupado no país aumentou 6,5% entre 2009 e 2010. Segundo o Cadastro Central de Empresas, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais 3 milhões de pessoas passaram a trabalhar em 2010, aumentando para 49,73 milhões a força de trabalho das empresas e outras organizações brasileiras.

O número de pessoal assalariado ampliou 6,9% – 2,8 milhões de empregados, em números absolutos. As empresas de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas responderam por 22,1% do total do pessoal ocupado e por 18,7% dos assalariados, em 2010.

As indústrias de transformação foram o segundo principal empregador do país naquele ano, respondendo por 17,4% do pessoal ocupado e por 18,6% dos assalariados.

Sob a ótica do porte das empresas, as grandes empresas concentravam 35,6% do pessoal ocupado e 42,9% dos assalariados, enquanto as micro respondiam por 26,5% e 14,6%, respectivamente.

A pesquisa do IBGE mostra que o número de empresas e outras organizações cresceu menos que o de empregados, entre 2009 e 2010. O crescimento foi de 5,8%, ou seja 280,7 mil a mais, totalizando, em 2010, 5,13 milhões de empresas, órgãos de administração pública e entidades sem fins lucrativos. As microempresas respondem por 4,1 milhões, ou 88,5% desse total. 

Da Agência Brasil