São Bernardo amplia ação com indústria do setor de defesa

A Prefeitura de São Bernardo intensifica as ações para atrair investimentos da indústria do setor de defesa. Em 20 de outubro realiza o seminário “As Oportunidades da Indústria de Defesa e Segurança para o Brasil e Região do ABC”, no Teatro Elis Regina, aberto à participação de empresas, especialistas e interessados.

Ao mesmo tempo, discute com o terceiro participante da licitação internacional para a compra de caças supersônicos, a americana Boeing. A Prefeitura já teve parcerias com as outras duas participantes, a francesa Dassault e a sueca Saab. Agora, com a mudança no comando do Ministério da Defesa, os  reflexos já começam a ser sentidos. O antigo ministro, Nelson Jobim, era tido como mais próximo da francesa  Dassault. A sueca Saab corria por fora e negociou diretamente com a Prefeitura. Os americanos da Boeing estavam atrás, mas com a entrada do novo ministro, Celso Amorim, decidiram voltar à disputa no ABCD. A companhia está trabalhando em conjunto com o prefeito Luiz Marinho (PT) para uma integração da indústria local à rede de fornecedores e subfornecedores da companhia. O prazo para as empresas interessadas na parceria com a Boeing se cadastrarem foi ampliado até 8 de setembro.

De acordo com o prefeito Luiz Marinho, um dos objetivos é somar, complementar, sem tirar nada de ninguém. “Com a instalação de novos elos da cadeia produtiva de defesa em São Bernardo e Região, vamos ter a oportunidade de criar empregos mais qualificados para grande parte da população.”

Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Jefferson da Conceição, aponta que o trabalho que está sendo feito com o grupo norte-americano é extremamente positivo para o desenvolvimento da Região. “A Boeing optou por uma ação comercial com o foco de ter menos política e mais negócio, sendo assim, vejo que diversas empresas podem se tornar parceiras da companhia.”

Para o presidente do Ciesp São Bernardo, Mauro Miaguti, a ação da Boeing vai impulsionar o crescimento das empresas da Região. “Será um grande avanço para a indústria regional”. A Região tem empresas que podem trabalhar com a Boeing como Omnisys Engenharia, Lavrita, Inbra e CBC.

Do ABCD Maior