São Bernardo dará espaço para economia solidária
Projeto prevê instalações que possibilitem a organização, a produção e comercialização de produtos dos empreendimentos solidários da cidade
A economia solidária já tem espaço garantido no futuro centro público de emprego que será inaugurado em São Bernardo, no segundo semestre deste ano. O projeto, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do município, prevê instalações que possibilitem a organização, a produção e comercialização de produtos dos empreendimentos solidários da cidade.
O diretor de fomento à indústria de São Bernardo, Nilson Tadashi Oda, indica que a intenção é integrar a economia solidária ao empreendedorismo, para incentivar a geração de emprego e renda. “Nossa ideia é constituir a incubadora pública de economia solidária, um projeto que está em fase de elaboração. Além disso, manter o apoio a iniciativas, como associações de artesanato e reciclagem”, afirmou.
Tadashi destaca ainda que as medidas complementam a possibilidade de colocação de trabalhadores no mercado de trabalho formal, função principal do centro público de emprego.
Para o diretor, o espaço dedicado à economia solidária possibilitará ainda que os empreendedores de São Bernardo compreendam como funcionam os diferentes mercados e saibam como lidar com sistemas de produção, aprimorando a qualidade de produtos e a comercialização.
A Unisol Brasil (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários) apóia a difusão da economia solidária dentro dos centros públicos de emprego de todo o País. “No caso do ABCD, a ação é uma possibilidade de aproximar a dinâmica econômica da Região e serviços de qualificação profissional, que podem atender parte destes cooperados”, avalia o secretário geral da entidade, Marcelo Kehdi Rodrigues.
De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, São Bernardo é a cidade do ABCD que mais possui empreendimentos solidários – 59, no total. As iniciativas do município, recentemente, receberam o apoio da lei municipal de fomento à economia solidária, que prevê a criação do conselho municipal, de caráter deliberativo, que reunirá representantes dos empreendimentos e do poder público.
Através do conselho, a sociedade poderá opinar nas decisões para a implementação de projetos da Administração, como a constituição de programas e do fundo de apoio à economia solidária, da incubadora pública e outras atividades. As cooperativas e associações do município também poderão participar das compras públicas até R$ 80 mil, no âmbito da Lei Geral de Apoio a Micro e Pequena Empresa do município.
Com ABCD Maior