São Bernardo divulga casos de Influenza A H1N1 e adota medidas para conter avanço da doença

Município registra 15 casos confirmados e uma morte suspeita que está sendo avaliada pelo Instituto Adolfo Lutz, de acordo com a Prefeitura

A Prefeitura de São Bernardo do Campo divulgou nesta terça-feira (21/7) o registro de 15 casos confirmados da gripe Influenza A H1N1 e uma morte que está sendo avaliada pelo Instituto Adolfo Lutz. Em entrevista coletiva, o secretário de Saúde, Arthur Chioro, traçou um panorama da doença na cidade, anunciou as medidas tomadas pela Administração para conter o avanço da gripe na cidade e informou que a cidade trabalha de forma integrada com a Secretaria do Estado e com o Ministério da Saúde.

Desde maio, a Prefeitura de São Bernardo do Campo registrou 15 casos confirmados de gripe Influenza A H1N1, sendo que duas pessoas estão internadas e 13 já receberam alta. Outras quatro pessoas com suspeita da doença estão internadas em estado grave, aguardando resultado do exame.

            A possível vítima da doença era um homem de 37 anos, morador de São Bernardo do Campo, que apresentava quadro suspeito de tuberculose há três meses e pneumonia há 15 dias. A confirmação da morte por gripe Influenza A H1N1 está sendo avaliada pelo Instituto Adolfo Lutz.

Os outros dois casos confirmados são de um homem de 34 anos e uma mulher de 49 anos. Os outros quatro casos suspeitos incluem uma mulher de 30 anos, gestante de 18 semanas; um homem de 50 anos, com quadro de hipertensão grave e uso crônico de corticóide; e duas crianças, sendo uma menina de dois anos, sem fator de risco, e um bebê do sexo masculino, de nove meses, com quadro de má formação pulmonar congênita e hidroencefalia.

            Do total de casos confirmados, doze foram provenientes de viagem ao exterior (Argentina, Estados Unidos, Chile e Paraguai) e uma foi infectada por meio de contato direto com pessoa vinda de outro país. Dois casos confirmados não têm vínculo epidemiológico, isto é, não viajaram ou tiveram contato com pessoas que viajaram,  indicando a transmissão sustentada, ou seja, a transmissão do vírus na cidade.

 

Medidas – A partir do recebimento de orientações constantes e atualizadas, a rede municipal de saúde tem criado fluxos específicos para o atendimento de pessoas com problemas respiratórios. A Secretaria de Saúde tem oferecido atendimento prioritário para pacientes com queixas respiratórias em toda a rede, bem como o uso de equipamentos de medida de proteção individual para os profissionais de saúde, como máscara e álcool em gel após a lavagem das mãos.

O secretário de Saúde informou que a rede municipal está sendo informada diariamente sobre o número total de casos atendidos em cada serviço (ambulatórios, Unidades Básicas de Saúde, prontos-socorros, hospitais públicos e privados) e os casos suspeitos da gripe são imediatamente notificados para a adoção das medidas de orientação epidemiológica.

            O secretário Arthur Chioro também disse que o número de profissionais para o atendimento na rede está sendo ampliado nas áreas de enfermagem e médica. “Estamos finalizando a contratação de profissionais, suspendo folgas, convocando profissionais, mas essas adaptações vão depender do aumento da procura. Neste fim de semana fizemos um reforço da equipe e será feita toda vez que for necessário. Porém, não deixamos de atender o restante das enfermidades que se apresentam no serviço de urgência e emergência”, enfatizou.

            Nesta quarta-feira (22/7), técnicos da Secretaria de Saúde vão se reunir com os diretores das escolas públicas municipais e creches para as orientações necessárias a respeito das medidas de prevenção quanto à doença e, em seguida, a mesma reunião será feita com as escolas particulares e estaduais. “Vamos orientar para que os pais não mandem as crianças com quadro de gripe para a escola”, explicou Chioro.

            O secretário de Saúde disse ainda que não está descartada uma discussão com a Secretaria Municipal de Educação, Diretoria de Ensino e escolas particulares sobre uma possível alteração no calendário para a retomada das atividades escolares. “Temos pelo menos mais uma semana para observar a evolução da doença e tomar esta decisão. Vamos acompanhar o comportamento da doença nos próximos dias, fazendo o monitoramento diário tanto da síndrome gripal, como dos casos suspeitos da Influenza A H1N1”, esclareceu.

           A orientação da Prefeitura é para que as pessoas que estejam com doença respiratória aguda grave procurem seu médico ou a rede pública de saúde. Os casos suspeitos de gripe Influenza A são encaminhados para o Hospital Estadual Mário Covas, que é o hospital de referência na região e que possui o medicamento antiviral para o tratamento adequado.

 

 

Atendimento a munícipes com síndrome gripal está sendo priorizado

A Prefeitura de São Bernardo do Campo está priorizando os atendimentos aos munícipes que estão com síndrome gripal, que pode ser tanto uma gripe comum ou provocada pelo vírus da influenza A H1N1. Foram criados espaços para atendimento dos casos suspeitos separados dos demais pacientes nos principais serviços de urgência da cidade. Nos oito pronto-atendimentos e no Pronto-Socorro Central, os pacientes são separados e recebem máscara, a fim de evitar um possível contágio às demais pessoas. Os profissionais de saúde das unidades também utilizam máscaras para trabalhar, e foram orientados para o uso do álcool gel.

O diretor do Departamento de Vigilância à Saúde de São Bernardo, Luiz Francisco de Souza, afirma que a utilização das máscaras é uma forma de precaução. “As pessoas devem entender que a utilização das máscaras não quer dizer que todos estão com a influenza A H1N1”, pontua.

No entanto, os sintomas do vírus da influenza A H1N1 e de uma gripe comum são muito parecidos e se confundem. Febre alta, tosse, dor de cabeça, muscular, nas articulações e na garganta, além de coriza, são comuns nos dois casos. “Se alguma pessoa apresentar esses indícios deve procurar um médico ou o serviço de saúde mais próximo. Em um caso suspeito, o paciente terá o atendimento priorizado para que o médico avalie e prescreva o tratamento adequado”, explica Souza. Com o novo protocolo do Ministério da Saúde, os casos considerados leves e moderados, não requerem exame e medicamento específicos.

O diretor esclarece ainda que nos casos de doença respiratória aguda grave, o paciente será encaminhado para o hospital de referência nos atendimentos pela rede pública de saúde, que irá fazer a coleta de amostra para identificação do vírus.  Os serviços privados que atenderem pacientes suspeitos de doença respiratória aguda grave farão o atendimento no local sendo que  o exame e medicamento específicos são fornecidos através da Vigilância Epidemiológica do município.Todos os serviços devem fazer a notificação dos casos suspeitos atendidos, para que a Secretaria da Saúde,  realize a investigação, identificação e monitoramento dos contatos.

 

 

Cuidados necessários para se proteger contra o vírus da influenza A H1N1

O vírus da influenza A H1N1, que circula livremente pelo Brasil e tem sintomas parecidos com o da gripe comum, pode acometer qualquer pessoa. Para se proteger da doença, alguns cuidados são necessários.

O diretor do Departamento de Vigilância à Saúde de São Bernardo, Luiz Francisco de Souza, afirma que a doença pode ser transmitida por tosse ou espirros. “Estas partículas também podem ser contraídas no contato com mãos e superfícies contaminadas”, esclarece.

No momento de espirrar ou tossir, o adequado é que a pessoa utilize um lenço descartável e jogue no lixo. “Em seguida as mãos devem ser lavadas com sabão e água. Este ato deve ser feito frequentemente para evitar o contágio”, aconselha o diretor.

Souza diz que é bom evitar, principalmente no inverno, locais aglomerados e fechados, para diminuir a chances de contato com o vírus. Além disso, não se deve compartilhar alimentos, copos, toalhas, talheres e objetos de uso pessoal.

Para quem já está com gripe, o adequado é evitar contatos próximos com outras pessoas, como beijos e abraços,   no período de transmissão de sete dias.  Caso esteja com sintomas como febre alta, tosse, dor de cabeça, muscular, nas articulações, garganta, além de coriza, é necessário procurar o médico ou serviço de saúde mais próximo.

 

 

Informações à Imprensa

Secretaria de Comunicação – Divisão de Jornalismo

Telefone: 4348-1043