São Bernardo recupera ritmo de exportação
Boa parte dessa performance provém do setor de bens de capital, que nos dois primeiros meses do ano somou US$ 104,1 milhões
O município de São Bernardo recuperou quatro posições no ranking nacional do comércio Exterior e encerrou fevereiro como o 9º maior exportador do País. Durante o mês foram vendidos US$ 201,4 milhões, crescimento de 40,3% em comparação a janeiro, de acordo com dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Boa parte dessa performance provém do setor de bens de capital, que nos dois primeiros meses do ano somou US$ 104,1 milhões. Entre os principais produtos da pauta, encontram-se chassis com motor para veículos automotores (US$ 62,4 milhões), turbo´s de motror (US$ 20,5 milhões) e tratores rodoviários (US$ 26,5%).
Segundo José Rufino, diretor de comércio exterior do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), o que deve ter puxado as vendas também foram os setores de alimentos, petroquímico e mineração. Este último, conta Rufino, continua em ritmo estável, embora como menor fonte de recursos.
O setor automotivo, que tem se recuperado aos poucos dos efeitos da crise financeira internacional graças ao mercado interno, também contribuiu para o resultado. Dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) indicaram alta de 9,2% na produção, para US$ 201 milhões e de 27,1% na exportação, atingindo US$ 538 milhões.
“Percebemos que hoje há uma espera de até 45 dias para se comprar um carro popular. Se não houvesse demanda, não teria espera. Esse mercado está se recuperando”, acrescenta José Rufino, referindo-se às montadoras localizadas na cidade.
RETRAÇÃO – O município de Santo André vendeu ao Exterior em fevereiro US$ 32, 4 milhões, queda de 12,3% em relação a janeiro. De acordo com Shotoku Yamamoto, diretor do Ciesp de Santo André, os certificados de origem – emitidos para todos os produtos enviados ao Exterior – registraram diminuição de 25% no mês passado.
Para Yamamoto, o que influenciou na retração foram os pneus e os produtos petroquímicos (matéria-prima). “A Bridgestone Firestone está estocando pneu até em seu pátio”, conta. De fato, a comercialização de pneus para caminhões caiu 45,3% nos dois primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período do ano passado, para US$ 21.1 milhões. A venda de pneus para automóveis de passageiros recuou 16,8%, totalizando US$ 10,2 milhões.
Do Diário do Grande ABC