Saúde e Trabalho, Igualdade Racial e Juventude serão debatidos na Sede

A Tribuna publica a partir de hoje uma série de reportagens sobre os 12 temas que serão discutidos na Sede durante o 8º Con­gresso da categoria de 14 a 16 de maio. Abaixo, Saúde e Trabalho, Juventude e Igualdade Racial. Na página 3, Comunicação.

O coordenador de área, Genildo Dias Perei­ra, o Gaúcho, fala sobre Saúde e Trabalho.

Tribuna Metalúrgica – Por que Saúde e Trabalho faz parte dos debates?

Gaúcho – A luta por melhores con­dições de trabalho, democratização nas relações e distribuição da riqueza são princípios que orientam a prática de sindicatos combativos. Entre os Metalúrgicos do ABC, saúde e segurança no trabalho sempre foram bandeiras de luta.

TM – Adoecimentos e acidentes de trabalho parecem impressionar menos. Por quê?

Gaúcho – A discussão da saúde do trabalha­dor implica em correlação de forças. Ela envolve de um lado a busca pela produtividade e alta competitividade pelas empresas e, por outro, trabalhos dignos e qualificados, onde exige uma complexa estratégia política na área da saúde.

TM – Como assegurar o direito ao trabalho, saúde e segurança?

Gaúcho – Avançando no combate ao Projeto de Lei 4.330, hoje no Senado como Projeto de Lei da Câmara 30, o PLC 30, que destrói os direitos da classe trabalhadora. Trabalho precário proporciona lucros maiores aos patrões ao mesmo tempo em que aumenta brutalmente o número de acidentes com os trabalhadores.

O coordenador na Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marqui­nhos, fala sobre Igualdade Racial.

Tribuna Metalúrgica – Como o Sindicato aposta na Formação como um caminho de transformação social?

Marquinhos – Neste sentido, a Comissão de Igualdade Racial e de Combate ao Racismo promove a terceira edição do curso sobre História da África: Ações Afirmativas.

TM – O curso interage com o trabalhador de que forma?

Marquinhos – A atividade viabiliza a participação de educadores sociais, dirigentes de diversos sindica­tos da região, integrantes do movimento negro, intelectuais e agentes culturais em um riquíssimo processo formativo.

TM – Qual o papel do Sindicato na elaboração de políticas pú­blicas que garantam a inclusão dos negros?

Marquinhos – Os metalúr­gicos renovam seu compromisso contra a discriminação e alertam para uma intervenção mais eficaz e maior envolvimento das instituições públicas e privadas. Só assim alcançaremos a democracia em sua plenitude e o desenvolvimento com justiça social.

O CSE na Toledo José Caitano Lima, o Caitano, destaca os principais pontos sobre Juventude.

Tribuna Metalúrgica – Como a Juven­tude ocupará o Congresso?

Caitano – Como um espaço onde ideias e a voz dos jovens poderão ser ouvidas. O futuro dos metalúrgicos está sendo construído e é neste sentido que este espaço de organização das diretrizes para ações deste próximo mandato assume vital importância.

TM – E como a Comissão da Juventude atua neste contexto?

Caitano – Entre fóruns para reflexão sobre a realidade e diagnóstico dos proble­mas enfrentados pelos jovens metalúrgicos, assim como a elaboração de propostas. Segundo o Dieese, a categoria é composta hoje por 47.504 jovens de até 35 anos, o que equivale a 47% do total da base.

TM – Como o Sindicato pode aprimorar estratégias nesta área?

Caitano – Estes jovens conhecem pouco da história deste Sindicato e têm dificuldade em reconhecer os frutos das lutas, de se reconhecer como metalúrgicos mesmo. A princípio, é preciso o exercício da nego­ciação na base, participar dos debates da categoria e o engajamento nas lutas dentro das fábricas.

Da Redação