Saúde em discussão

A discussão da saúde pública no Brasil ganha importância com a recente epidemia de dengue no Rio de Janeiro e com os casos de febre amarela silvestre que provocaram pânico na população. Além disso, as tentativas de aumentar as restrições sobre as propagandas de bebidas alcoólicas e cigarros e as campanhas contra a violência no trânsito passaram a vincular esses aspectos diretamente com a saúde pública pelo alto custo que representam para o País.

Voto na saúde

As eleições municipais deste ano acabam sendo uma oportunidade a mais para pensarmos e discutirmos com nossos familiares e amigos as propostas dos candidatos para a saúde pública.

É preciso lembrar que Sistema Único de Saúde (SUS) tem recursos do governo federal, mas esses recursos muitas vezes deixam de ser utilizados e são devolvidos pelos prefeitos por absoluta falta de projetos para essa área.

Quem segura a bronca?

Como podemos ver, a saúde privada dos convênios, dos seguros saúde e dos planos de auto gestão pulam fora quando as coisas complicam. É como se, de repente, todo glamour das UTIs, das parafernálias tecnológicas, dos jatinhos e dos hospitais de luxo não existissem. E aí aparece a Saúde Pública como fundamental para o atendimento à população.

Não se iluda. Mesmo fora das crises como estamos vivendo agora, é o SUS que dá conta de toda saúde preventiva, das vacinações, dos transplantes, dos procedimentos de alto custo no Brasil e no exterior, dos programas de saúde da família, dos centros de referência da criança, da mulher e dos idosos, da saúde do trabalhador e de uma infinidade de outras ações que acabam não sendo valorizadas.

Controle popular

O SUS é um sistema democrático onde a população, através dos conselhos municipais de saúde, tem poder para estabelecer as prioridades, onde e em quê o dinheiro da saúde deve ser gasto, e este será o assunto do próximo artigo.

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente