Saúde no trabalho
Discutir saúde e vida no trabalho ainda é um desafio para o movimento sindical.
Isso porque saúde, vida, felicidade e bem estar fogem ao padrão da discussão economicista imposto por uma sociedade em que o bem estar de um justifica o sofrimento de muitos.
Onde a busca da cidadania se confunde com a sobrevivência e ambas são atreladas ao trabalho e ao emprego, e não são um pressuposto da condição humana.
Mas, a quem cabe assumir essa luta?
Um desafio só para o CIPEIRO? – Já se foi o tempo em que a CIPA tinha como papel apenas a prevenção de acidentes. O mundo do trabalho mudou. Mudaram as organizações e o sistema gerencial. A relação de autoritarismo foi substituída pelo conceito de liderança. A disposição para o trabalho pelo envolvimento total.
Esse é o novo desafio do cipeiro. Entender não só a máquina que amputa o dedo, mas a pressão que destrói o sonho, a competição que destroça a solidariedade e a depressão que mutila a vida.
O desafio é para todos nós – Na relação capital x trabalho, a questão colocada hoje não é a força do nosso corpo que trocamos por um salário, mas, o poder de decidir a nossa própria vida que entregamos ao capital em troca da mera sobrevivência.
Esse é o desafio de todos. Do peão, do militante, do cipeiro e do diretor.
Começar a negociar o resgate da cidadania. Estabelecer limites para o sofrimento, negociar metas de saúde e de alegria. Até porque a tristeza mata mais do que imaginamos.
Comissão de Saúde, Condições de Trabalho e Meio Ambiente